Ter, 11/02/2020 - 09:54
Depois de lhe ter sido diagnosticado uma infecção urinária, foi-lhe proposto que fosse tratado em casa. Ivone Calado, cuidadora responsável, entendeu que a melhor opção seria o seu pai ser tratado no seio familiar e está convicta de que se não tivesse sido tratado em casa, a recuperação teria sido muito mais lenta e teria consequências “graves” a “nível emocional”. “Foi uma grata surpresa quando a equipa chegou a nossa casa. Veio trazer uma lufada de ar fresco. O meu pai ficou imediatamente muito contente por regressar a casa”, contou, acrescentando que lhe foram prestados todos os cuidados como se tivesse estado no hospital. A infecção ficou tratada em dez dias e não houve necessidade de recorrer às urgências. Neste momento, a unidade de hospitalização domiciliária da ULS Nordeste já cuidou de 57 doentes e disponibiliza entre 5 a 8 camas numa área de 60 Km em linha recta. Carmen Valdivieso, médica e coordenadora da unidade, entende que, para já, o número de camas é suficiente mas, a longo prazo, devem aumentar “o número de camas e funcionários disponíveis”. Quanto à área que abrange esta valência, por enquanto a equipa ainda não tem a capacidade para aceder a todas as aldeias do concelho, por estarem longe do centro da cidade e porque a equipa também ainda não tem capacidade de resposta para estes casos. Ainda assim, a coordenadora tem também o objectivo de conseguir alargar o serviço. Das pessoas propostas para aderir à valência, 95% aceitaram. As restantes não o fizeram, essencialmente, por não terem um cuidador responsável 24 horas por dia. Este é um dos requisitos para um utente poder ser tratado em casa. As patologias mais frequentes tratadas em hospitalização domiciliária estão relacionadas com o aparelho respiratório, urinário, cardiovascular e gastrointestinal.