Proteja a sua pele da exposição solar

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Só temos uma pele para toda a vida! É fundamental para o nosso corpo e, por isso, temos que a proteger com muito cuidado. Lembre-se que a exposição ao sol ocorre em todos os lugares, não apenas na praia, e que os raios ultravioletas (UV) prejudiciais podem causar danos mesmo quando não está calor. No Olho Clínico deixamos-lhe alguns conselhos para usufruir do sol em segurança e prevenir o cancro da pele.

Faça sempre uma exposição solar segura:
• Evite a exposição ao sol nas horas de maior calor, principalmente entre as 11 e as 17 horas
• Use vestuário de proteção, nomeadamente roupas leves e de cor clara, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV
• Aplique protetor solar e verifique se este tem um fator de proteção elevado, tanto contra os raios UVA como UVB. Lembre-se que a maioria dos protetores só começam a atuar cerca de meia hora após a aplicação e a sua eficácia dura cerca de duas horas. Por isso, vá repetindo a aplicação.
• Tome especial atenção à proteção das crianças. Estas têm um maior risco de problemas de pele a longo prazo relacionados com a exposição ao sol exagerada e não protegida. Brincar ao ar livre é importante, mas com a proteção adequada, nunca deve deixar que uma criança sofra queimaduras solares.

Atenção aos sinais
O cancro da pele pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. Por isso, esteja atento aos sinais que:
• Sofreram alguma alteração de tamanho, cor e/ou forma
• Têm aspeto diferente dos restantes
• São assimétricos ou têm bordos irregulares
• São ásperos ou escamosos
• Têm várias cores
• Dão comichão
• Sangram ou libertam líquido
• Têm aspeto rosado
• Parecem uma ferida, mas não cicatrizam
As pessoas com muitos sinais são aconselhadas a examinar a sua pele uma vez por mês para verificar se há alguma alteração ou mancha de aparência suspeita.
O exame cutâneo deverá incidir sobre todo o corpo, com particular cuidado nas áreas expostas ao sol.

Regras de ouro
Se encontrar uma lesão suspeita consulte o seu médico de família o quanto antes. Lembre-se que o cancro da pele pode ser tratado e o diagnóstico precoce faz com que a possibilidade de uma recuperação completa seja muito elevada.
As regras de ouro são:
• Não ignore o problema
• Não fique à espera para ver como o problema evolui ou tente resolvê-lo só por si
• Não assuma que “não deve ser nada de grave”
• Não pense que não é um assunto prioritário
• E, acima de tudo, não tenha medo de consultar o seu médico de família ou um dermatologista

Fonte: Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo

CAIXA:
Principais lesões cutâneas cancerígenas:
• Melanoma
É o tipo menos frequente de cancro da pele, mas também o mais perigoso. Pode afetar pessoas de qualquer idade. Apresenta-se como um “sinal” muito escuro, que desenvolveu bordos irregulares ou cores diferentes ao longo do tempo ou como uma protuberância de crescimento rápido, rosa ou avermelhada.
Pode difundir-se rapidamente sob a forma de metástases, pelo que é necessário o tratamento cirúrgico imediato.
• Carcinoma basocelular
Este é tipo mais comum de cancro da pele, mas também o menos perigoso. Apresenta-se tipicamente como um nódulo elevado, da cor da pele, com bordos brilhantes e aspeto perolado, uma mancha ou ferida que não cicatriza ou uma saliência ligeiramente dura e rugosa que cresce lentamente ao longo do tempo. Se deixado sem tratamento, pode ulcerar e invadir os tecidos mais profundos.
• Carcinoma espinocelular
É o segundo tipo de cancro da pele mais comum. Ocorre em áreas de pele que tenham tido uma acentuada exposição ao sol, tais como a face, couro cabeludo e dorso das mãos. Apresenta-se como um nódulo duro que pode crescer rapidamente e tornar-se ulcerado e exsudativo. Pode difundir-se rapidamente para os gânglios e internamente (metástases), sobretudo em lesões mais avançadas localizadas nos lábios, orelhas, mãos e pés, ou em indivíduos imunodeprimidos. O tratamento cirúrgico atempado para remover as lesões é essencial.
• Queratose actínica
Ocorre mais frequentemente em pessoas de meia-idade e idosos, em áreas mais expostas ao sol, como a face, pescoço, orelhas, dorso das mãos e couro cabeludo. Apresenta-se como manchas vermelho-acastanhadas escamosas e rugosas. Estas lesões são pré-cancerosas e, em 10-15% dos casos, podem evoluir para carcinomas espinocelular. Por isso, devem ser tratadas para prevenir a sua progressão.