Uma viagem à terra dos nossos compadres...

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Ter, 17/04/2018 - 10:12


Olá familiazinha.
Vai fazer um mês desde que entrou a Primavera, mas pediu logo licença sem vencimento. A terra está muito pesada e a vontade de a trabalhar é grande. Este ano já se fez muita cinza e gastou-se mais lenha do que o habitual. Agora aguarda-se que a Primavera comece a trabalhar no activo.
A rádio família continua e, além de festejar a vida e chorar a morte, os tios e tias também compartilham as suas preocupações e problemas de saúde connosco. Na passada semana o tio Rui Reis, de Vale da Madre (Mogadouro), ligou-nos muito preocupado e com as lágrimas nos olhos, informando-nos que a sua filha, Ana Beatriz, de 5 anos, ia ser operada no Hospital de Santo António a um nódulo no peito. A família acendeu velas e rezou as suas orações para que a operação fosse um êxito.
Quem já está fora de perigo e a frequentar novamente a escola é a netinha do nosso tio Acácio, de Alfaião, depois de ter estado hospitalizada alguns meses com uma doença desconhecida. A todos os doentes desejamos rápidas melhoras.
A tia Rosalina, de Rebordelo, deu-nos conta de mais uma tragédia ligada às lareiras pois, na quarta feira, à tardinha, uma senhora daquela aldeia foi encontrada pelo seu filho, à entrada da porta de casa, queimada e já sem vida. Começa a ser preocupante o número de casos idênticos que têm acontecido nos últimos meses na nossa região.
Na última semana o nosso ministro dos parabéns, o João André, cantou para os seguintes aniversariantes: Maria Teixeira (68), de Parada (Bragança); tio Agostinho do realejo (71), de Vila Boa (Bragança), emigrado em França; a tia Carmelina (77), de Vila Boa (Bragança) e a Amélia Martins (75), de Bragança.
Agora vamos até ao interior do Alentejo.
Chegou o momento de irmos para fora cá dentro.

Já há muitos anos que alguns dos nossos viajantes me andavam a ‘picar’ para fazermos um passeio ao Alqueva. Daí esta nossa viagem ao interior do Alentejo. Das quase trezentas viagens já feitas pela família, esta foi a primeira em que todos os gastos estavam incluídos no preço da viagem. Como só tínhamos dois dias para a viagem de mais de mil quilómetros pela frente, tivemos que madrugar muito no sábado, para sair às cinco da manhã de Bragança, passando por Mirandela, Vila Flor e Pocinho, onde entraram mais passageiros. Além das pessoas que foram pela primeira vez, havia também quem já nos acompanha desde a primeira viagem. Levámos uma equipa de amigos muito conhecidos da família do Tio João.
Filomena Martins, da agência Emílio Martins, descreve-nos agora o que foi a nossa viagem:
Madrugadores rumo ao Alentejo, durante dois dias a “Família do Tio João, viajou pelas planícies a perder de vista, verdes campinas, vinhedos, na planura imensa de sobreiros num aproximar do mar alentejano, a albufeira do Alqueva. Começaram por visitar a Adega de Borba, numa região vinícola de grande tradição, foram surpreendidos pela excelência e degustação. Já em Vila Viçosa, conhecida como a “Princesa do Alentejo”, fizeram o primeiro almoço desta viagem, com gastronomia Alentejana onde a criatividade de ingredientes simples, a torna numa surpresa de sabores. Visitaram, nesta preciosa e encantadora Jóia do Alentejo, o Palácio Ducal de Vila Viçosa… um esplendoroso Palácio Real, exemplar sem igual da nossa arquitectura. Edifício de estilo maneirista, com uma fachada totalmente revestida a mármore da região, com cerca de 110 metros de comprimento. Rendidos, seguiram em visita guiada até à Igreja Matriz de Vila Viçosa, onde se encontra o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal. No ano de 1646, D. João IV ofereceu a coroa de Portugal a Nossa Senhora da Conceição. Esta foi a forma de agradecimento pela vitória portuguesa na Guerra da Restauração. A tarde estava preenchida e a alma cheia, o programa cumpria-se com Monsaraz, uma vila-museu medieval preservada, com muralhas e ruas de xisto que encanta e surpreende e onde se diz que o Alentejo chega ao Céu. Em Reguengos de Monsaraz, janta-se e pernoita-se no Solar do Alqueva, numa mistura de “Canto Alentejano”. Ao amanhecer, neste segundo dia de viagem, já se fala de um dos maiores lagos artificiais da Europa, construído sobre o Rio Guadiana. A albufeira de 250 km2 que abrange cinco concelhos do Alentejo, esperava-os no Centro Interpretativo do Alqueva para a primeira lição de história e conhecimento. Passeio de barco, na imensidão do lago em pleno coração do Alentejo, ofereceu experiencias únicas e memoráveis no tempo. Para completar o reconfortante almoço na aldeia do Alqueva, com o culminar da visita ao Museu do Medronho. De regresso a terras de Trás os Montes, mais ricos e na bagagem vivências, histórias vividas e alma preenchida nestes, dois grandes dias em terras e Gentes Alentejanas. Grande Grupo.