Ter, 28/06/2005 - 18:07
A assinatura do protocolo decorreu no passado sábado, em Bragança, no dia em que tomou posse a Comissão Instaladora desta Universidade Sénior.
Para já ainda não existe um local definido para o funcionamento da instituição, mas, o ex-presidente do (RCB), Carlos Miranda, acredita que a Universidade pode entrar em funcionamento já no próximo ano lectivo.
“Este projecto não pode nascer em instalações próprias, porque não as temos, mas estamos a contar com o apoio da Câmara Municipal de Bragança para que a Universidade Sénior possa ser uma realidade”, salienta Carlos Miranda.
O principal objectivo deste estabelecimento de ensino é prestar serviços à comunidade mais idosa, para que “vá envelhecendo de forma activa”.
Segundo o ex-governador do Rotary, Diamantino Gomes, o movimento é pioneiro na criação de universidades sénior, “um projecto inédito para enquadrar as pessoas retiradas da vida activa e proporcionar o intercâmbio de saberes”.
Trata-se de centros de “troca de experiências”, onde os mais velhos podem partilhar os seus saberes.
Partilha de saberes
“Ninguém sabe tudo. Nestas universidades encontramos pessoas aposentadas de diversas profissões, como médicos, engenheiros, arquitectos, informáticos, que vão aprendendo uns com os outros”, enaltece o responsável.
Desta forma, os reformados podem aproveitar os “anos dourados da vida” aprendendo mais e ensinando aquilo que sabem, quebrando assim a solidão e o isolamento com que se deparam no dia-a-dia.
Diamantino Gomes esclarece que estas universidades do Rotary são acessíveis a todos os indivíduos, uma vez que existe, apenas, uma propina mínima para ajudar a suportar os gastos.
“Nós funcionamos na base do voluntariado e da troca de saberes, sem ter em vista qualquer fim lucrativo”, sublinha o ex-governador.
As disciplinas ministradas nestes centros de partilha de conhecimento podem variar consoante as preferências das pessoas que os frequentam.
Dicionário transmontano
Carlos Miranda confessa que ainda não há um programa estipulado para a Universidade Sénior. “Estamos a pensar ministrar disciplinas como o teatro, a dança, a informática, as línguas, a história, a saúde. No entanto, não existe um limite e o projecto pode ser alargado conforme a procura e as sugestões das pessoas”, acrescentou o membro do Rotary.
O ex-governador enalteceu, ainda, o trabalho do Rotary de Chaves, que foi pioneiro na criação de Universidades Seniores Rotárias no País.
Durante o encontro dos membros do Rotary foi, ainda, apresentado um dicionário de Transmontanismos, uma obra criada pela Universidade Sénior de Chaves.
A cerimónia também foi marcada pela transmissão de tarefas dos oito clubes rotários da região Norte. A partir de agora, o RCB é presidido por Delfim Batouxas, empresário do ramo automóvel.