Ter, 29/11/2005 - 15:25
Este projecto, que contempla dois povoamentos de pinheiro bravo e sobreiro, está a decorrer numa zona que, anteriormente, tinha sido fustigada pelas chamas.
A alteração das propriedades físicas e biológicas do solo, que advêm dos fogos florestais, exigem uma rápida “restauração” da cobertura vegetal, pelo que foram estudadas várias técnicas de reflorestação.
As espécies usadas nestes projectos de reflorestação são inoculadas em viveiros, com esporos de diversas espécies ectomicorrizicas.
Segundo o engenheiro florestal e co-autor deste estudo, Pedro Lopes, em Portugal já há uma empresa a criar um banco de inóculos, para conseguir uma adaptação da proveniência da planta com a semente dos fungos.
Segundo a docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Guilhermina Marques, este foi um trabalho de micorrização controlada, já que há muitos fungos que se associam a plantas numa fase de viveiro.
Para já, foi feito um teste com espécies de cogumelos comestíveis, dado que é uma forma de conciliar as plantas micorrizadas, melhorar a sua adaptação aos terrenos onde vão ser plantadas e, ao mesmo tempo, promover o aparecimento de espécie de cogumelos comestíveis.
Este projecto está a ser elaborado em parceria com a Universidade de Salamanca, ao abrigo do programa transfronteiriço INTERREG.
Apesar da área dos inóculos ainda estar numa fase embrionária no nosso País, em Mogadouro já existe uma empresa que se dedica a estas experiências que, no futuro, podem ser alargadas a todo o território.