class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-node page-node- page-node-165673 node-type-noticia">

            

Mirandela ganha hospital privado

Ter, 06/03/2007 - 10:26


Mirandela vai acolher um hospital privado, que, a partir de Janeiro de 2009, oferecerá às populações um vasto leque de especialidades médicas. Após o encerramento da maternidade e perante a possível despromoção da Urgência, o Hospital Terra Quente, S.A. apresenta-se como uma alternativa ao Serviço Nacional de Saúde.

O representante do grupo privado Rede Nacional de Saúde Privada, S.A., Amaro Neves, afirma que a unidade privada pode complementar os serviços de saúde públicos, através de parcerias com o Governo.
Desta forma, os utentes que se encontram em listas de espera de mais de meio ano, poderão ser atendidos mais rapidamente pelos especialistas do sector privado, sem terem que desembolsar quantias elevadas.
O novo hospital representa um investimento de 17 milhões de euros, que conta com a comparticipação da autarquia local em cerca de 500 mil euros, correspondentes ao valor do terreno e às taxas de construção.
Segundo o presidente da CMM, a participação do município vai ao encontro das necessidades da população, uma vez que, ao garantir um lugar no conselho de administração da unidade de saúde privada, terá oportunidade de indicar as especialidades e os serviços que fazem mais falta aos cidadãos.
Dentro de dois anos, o Hospital Terra Quente abre as portas com maternidade, consultas externas, centro de diagnóstico, atendimento permanente, centro de fisioterapia, bloco operatório e mais de 30 quartos para internamento.

Autarca mirandelense acredita que unidade de saúde privada pode contribuir para a manutenção da Urgência Médico-Cirúrgica

A qualidade é o trunfo usado pelo grupo privado, que pretende garantir a viabilidade financeira do equipamento, servindo os utentes de Mirandela e de todos os concelhos limítrofes.
A dificuldade em atrair especialistas para o interior não assusta os investidores, que garantem criar as condições necessárias para que médicos com experiência profissional se desloquem para Mirandela.
“Começamos a ter mão-de-obra médica excedentária nos grandes centros urbanos. Por isso, há muita gente com experiência e com capacidade profissional para participar neste projecto”, acrescentou Amaro Neves.
Para já, o Hospital Terra Quente, S.A., vai criar 76 postos de trabalho directos e cerca de 80 indirectos, entre médicos, enfermeiros, auxiliares de saúde e administrativos.
Na óptica de José Silvano, o novo hospital é um argumento válido para apresentar ao ministro da Saúde, Correia de Campos, na próxima quarta-feira, altura em que o edil vai defender a Urgência Médico-Cirúrgica junto da tutela.
“Com a abertura desta unidade de saúde, o ministro da Saúde já não pode evocar o argumento técnico de que não temos especialistas suficientes para que funcionem cá as Urgências Médico-Cirúrgicas”, acrescentou o presidente da CMM.
O edil acrescenta, ainda, que não tem dúvidas quanto à importância do novo hospital, afirmando que “onde há unidades de saúde privados não há hospitais públicos com valências em risco de fechar”.