Ter, 29/09/2020 - 12:31
Os últimos dados globais revelados sobre a Covid-19 em estruturas residenciais para idosos foram divulgados e comentados pela ministra da Saúde na quarta-feira da semana passada. Marta Temido avançou que existiam 44 surtos activos em lares, sendo estes os que mais “preocupam” o ministério, face à “vulnerabilidade” das pessoas que estão envolvidas. Dos surtos, 17 foram identificados na região do Norte, 23 na região de Lisboa e Vale do Tejo, dois no Centro e dois no Alentejo. Os surtos englobariam 67 lares. Havia 705 casos positivos em utentes, sendo que 114 desses estavam internados. Perante o cenário, que sofreu um agravamento, Paula Pimentel, presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social do distrito de Bragança (UIPSSDB), revelou que “a união tem reunido semanalmente com as várias IPSS, no sentido de conhecer melhor a realidade de cada uma, para que haja uma intervenção em rede”. Segundo explicou ainda, esta “é uma forma de arranjar soluções” e, apesar de os profissionais serem “incansáveis”, “é preciso continuar com o trabalho e com a luta”. No distrito, a Covid-19 atacou, recentemente, o lar de Carção, em Vimioso, e também se detectaram casos no da Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Sobre este último, associado da UIPSSDB, Paula Pimentel não tem dados concretos e, por isso, preferiu não comentar. Ainda assim a dirigente afirmou que “o distrito tem sido um bom exemplo na resposta à covid-19”, que fundamentalmente se deve a uma “boa articulação entre as várias entidades envolvidas” . Por fim, Paula Pimentel sublinhou que as visitas aos idosos institucionalizados se devem manter. “As instituições estão a ter o cuidado de acompanhar as visitas. Não podemos eliminar a possibilidade de se visitarem os familiares mas devem existir cuidados”, já que se trata de uma população que “há obrigação de proteger”.