Ter, 25/03/2025 - 10:47
“Dada essa perda de confiança, sugerimos à Sevenair e apelamos ao Governo que passe a utilizar outra infraestrutura aeroportuária em alternativa ao AMC (Aeródromo Municipal de Cascais)”, pode ler-se no comunicado emitido, dia 21, o Mu- nicípio de Cascais. A autarquia presidida pelo social-democrata Carlos Carreiras, referiu que foi a sucessiva falta de pagamentos da Sevenair à Cascais Dinâmica que fez com que a empresa perdesse credibilidade e deixou um alerta. “Não há nenhuma margem para cedência de crédito, ou seja, a situação poderá repetir-se caso a Sevenair SA insista em voltar a incumprir com as suas obrigações”, justificou a autarquia do distrito de Lisboa. A ligação aérea Bragança - Vila Real - Viseu - Cascais - Portimão foi retomada dia 21, três semanas depois de os voos terem sido interrompidos devido ao Município de Cascais ter retido o avião no aeródromo de Tires. Em causa estava uma alegada dívida da Sevenair, no valor de 107 mil euros, à Cascais Dinâmica. Segundo Carlos Amaro, o avião “foi resgatado” do aeródromo de Tires, depois de o Governo ter procedido ao pagamento de “uma tranche daquilo que deve”, no valor de 660 mil euros, mas considera que o pagamento é injusto. “Eu acho isto uma tristeza, estar a pagar uma coisa que me parece óbvio que não se deve, mas como sempre dissemos, no dia em que o Governo nos pagasse, pagámos à Cascais Dinâmica. No nosso entender, pagámos um resgate”, disse acrescentando “agora vamos, naturalmente, em tribunal, perceber se temos razão ou não. A lei diz expressamente que a autoassistência praticada por uma empresa detida com maioria de capital pelo operador, está isente de taxa administrativa”, contou Três semanas depois de os voos terem sido suspensos, a Sevenair voltou a operar, quinta-feira, voos entre Bragança - Vila Real - Viseu – Cascais e Portimão.