1840 ciclistas no regresso do Bragança Granfondo com vitória de David Vivas e Liliana Silva

PUB.

Dom, 10/07/2022 - 19:03


Edição deste ano bateu o recorde do número de participantes. O calor abrasador foi o principal obstáculo dos participantes.

Regressou em grande o Bragança Granfondo, depois da paragem de dois anos, devido à pandemia. O evento de ciclismo para todos reuniu 1840 participantes, de 13 nacionalidades, e superou os números das edições anteriores.

Na prova rainha, o Granfondo, de 137 quilómetros, David Vivas, em masculinos, chegou isolado à meta, com o tempo de 03h28m30s, menos 08m21s que o segundo classificado, Daniel Pinto, vencedor da Volta ao Nordeste no passado mês de Abril.

Um percurso pautado pelas difíceis subidas do traçado, sobretudo a do Muro Rio Sabor, aos 48,5 quilómetros, com temperaturas de 35 graus. “Foi muito difícil e a ajuda dos colegas e até das pessoas ao longo do percurso com abastecimento de água foi importante. Mais difícil foi a subida do Muro Rio Sabor com 35 graus. Foi muito difícil mesmo”, disse o ciclista.

Vivas participou pela segunda vez no Bragança Granfondo, depois do oitavo lugar alcançado em 2018. Este ano, o ciclista, de 31 anos, já competiu em quatro granfondos (Douro, Gerês, Senhora da Graça e Bragança) e somou outras tantas vitórias.

O melhor ciclista brigantino no percurso de 137 quilómetros foi Ovídio Linhas do Velo Clube de Bragança, que ficou no 23º lugar da geral.

No sector feminino, Liliana Silva venceu na distância maior, o granfondo, depois das participações em 2018 e 2019 no minifondo, gastando o tempo de 04h41m18s. “A palavra do dia é a superação. Não estava habituada a fazer uma distância tão grande e com este calor o percurso ficou ainda mais difícil. No entanto, com a organização de excelência nada nos faltou ao longo do percurso em termos de abastecimento e isso ajudou”, destacou.

A prova serviu de preparação à ciclista da Discover Melgaço para a Volta ao Nordeste Ciclismo Feminino, nos dias 23 e 24 de Julho.

Entre os participantes destaque para Hernâni Dias. O presidente do Município de Bragança, promotor da iniciativa, participou no Mediofondo e não dúvidas da importância da iniciativa na promoção do concelho e na dinamização da economia local. “Este número tão significativo de participantes é muito interessante e é uma forma de levarmos o nosso território mais longe. Depois, o impacto que este evento tem na economia do concelho”.

Tudo aponta para o regresso do Bragança Granfondo em 2023. Manuel Zeferino da organização, a cargo da Bikeservice, destaca o impacto do evento, sobretudo a nível económico. “A verdade é que foi mais um êxito. É um evento único, que tem um forte impacto na economia local e que está ligado a turismo de lazer e desporto”.

Nas restantes categorias, Nuno Torres (Secai/GaiaBike/Geoinerte) venceu o Mediofondo em masculinos e Núria Losada (Transportes Chema Bolaños Auto) em femininos.

No percurso de 98 quilómetros, Jorge Mariz do Velo Clube de Bragança ficou na terceira posição da geral e foi mesmo o ciclista do distrito com melhor classificação nesta distância.

No Minifondo, de 60 quilómetros, Rafael Ferreira (Love Tiles) triunfou em masculinos e Alessia Teixeira (Tarouca BTT) em femininos. O melhor brigantino foi Paulo Vilela (Velo Clube de Bragança) no 22º lugar. Em femininos, Diana Porto (Velo Clube de Bragança) foi quarta classificada.

A nível colectivo o Velo Clube de Bragança apresentou a equipa mais numerosa.

O espanhol David Blanco, antigo ciclista profissional, foi este ano o dorsal 1 do Bragança Granfondo.

 

Jornalista: 
Susana Madureira