Bragança assinalou N.ª Sr.ª das Graças com cerimónia simbólica

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Ter, 25/08/2020 - 10:33


No passado sábado, além do feriado municipal, em Bragança celebrou-se a Nossa Senhora das Graças, a padroeira da cidade.

As festas, sem animações e outras actividades, assinalaram-se com uma missa na catedral de Bragança. Um dia muito diferente do habitual. “Estou a viver em Lisboa, mas venho todos os anos à festa. Noutros anos era muito diferente, juntavam-se todas as santas, agora é um bocado triste com esta pandemia”, conta Sónia Alves. “Este ano é tudo diferente, não só as cerimónias aqui, mas em toda a região e em todo o mundo. Eu estava acompanhar a missa no telemóvel. Podiam ter direccionado a missa para a parte exterior para podermos ouvir”, lamentou Elisa Vicente. Ainda assim admitiu que é importante “acompanhar a nossa fé, a Nossa Sr.ª das Graças, que é a padroeira da cidade”. “Por norma costumo acompanhar, mas de maneira diferente, porque faço parte da Banda Filarmónica de Bragança e, nesta altura, estaríamos para acompanhar a procissão, mas visto que não há, acompanhamos pelo menos a nossa fé”, contou. “Não é aquilo que é característico dos anos anteriores: uma festa com uma missa com muita gente e com uma procissão diferente”, referiu outra habitante. Amador Alendouro, de Alfândega da Fé, estava de passagem por Bragança e decidiu tentar assistir à missa. “É muito estranho, não tem explicação nem comparação. Mesmo assim fiz questão de vir aqui e sempre que posso passo por aqui. O que mais me custa é não poder estar em convívio, as pessoas estão a fugir cada um para seu lado”, contou. À missa assistiram dezenas de pessoas, algumas das quais acompanharam do lado de fora da catedral, fazendo questão de assinalar este dia. “Foi muito muito diferente. A presença das pessoas na igreja não foi possível, o envolvimento das pessoas foi muito limitado, as paróquias do concelho não puderam estar presentes. Ainda estava com esperança de entrar na igreja, uma vez que estava aqui achei que queria ficar”, afirmou Lena Gorgueira. A celebração terminou com a saída do andor de Nossa Senhora das Graças que circundou a catedral, mas a procissão, que costumava percorrer várias ruas da cidade não se realizou.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro