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Câmara de Bragança garante alojamento social a quatro famílias

Qua, 09/12/2020 - 19:05


Autarquia realojou 16 pessoas em imóveis sociais

O município de Bragança assinou, sexta-feira, contratos de arrendamento com quatro famílias. As 16 pessoas que as compõe, das quais nove são crianças e jovens, vão ter agora melhores condições de habitabilidade. Gabriela Reis faz parte de uma destas famílias que a câmara identificou como estando em situação de vulnerabilidade social e, por isso, beneficiou do realojamento de emergência. A viver, há cerca de 14 anos, numa garagem, com os sete filhos, Gabriela Reis ficou recentemente viúva, o que acabou por fragilizar ainda mais a família. “A garagem é muito fria e tem muita humidade. Só tenho a lareira na cozinha, por isso os quartos estão sempre também frios”, contou a mulher, que teve direito a um T4, no Bairro da Coxa. “Foi uma boa prenda de Natal, fiquei muito contente por mim e pelos meus filhos, estou a fazer tudo por eles”, assinalou. Na sexta-feira, a câmara entregou ainda dois T2 e um T3 a outras três famílias. “O processo de atribuição social tem um princípio básico que é vulnerabilidade de uma família”, sublinhou o presidente da câmara. Neste caso, estes fogos de habitação social, que foram alvo de reabilitação, tinham sido, recentemente, identificados como desocupados por outras famílias que estariam em situação semelhante. Segundo avançou o autarca de Bragança, o realojamento de emergência dá-se quando a autarquia vai recuperando imóveis que tem para o efeito. Neste momento, há 267 atribuídos à habitação social. “Quando as pessoas deixam de estar nessa situação, obviamente que devem e têm que entrar no mercado de arrendamento ou de aquisição”, explicou Hernâni Dias, frisando ainda que, devido às condições sócio-económicas destas famílias, “isso quase nunca se verifica” e “os imóveis acabam, muitas vezes, por se tornar habitações vitalícias”. Para estas famílias, cujos rendimentos são, grande parte das vezes, escassos ou insuficientes para ter uma habitação condigna, a renda que o município cobra é simbólica. Segundo disse o presidente, nestes casos concretos, varia entre os cinco e sete euros. Hernâni Dias salientou que “esta será uma medida para continuar, até porque há habitações já em fase de reabilitação” e explicou que a quebra de contrato só se dá se os inquilinos não preservarem o imóvel, não fizerem boa vizinhança ou não pagarem a renda/gastos com a electricidade, água e gás. Recentemente, a câmara apostou na elaboração da Estratégia Local de Habitação que permitiu definir as principais prioridades em matéria de acesso à habitação condigna e aceder a programas de financiamento através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

Jornalista: 
Carina Alves