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Debate em Freixo de Espada à Cinta marcado por troca de acusações entre candidatos do PS e PSD

Ter, 10/08/2021 - 11:28


Candidata da CDU criticou contratações a recibos verdes

O debate realizado, pela Rádio Brigantia e Jornal Nordeste, entre os três candidatos à Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta ficou marcado pela troca de acusações entre o candidato do Partido Socialista e a Social- -democrata, actual presidente de câmara. O cabeça-de-lista do PS, Nuno Ferreira, acusou a autarca de falta de “transparência” e “democracia”, por “respostas vagas” pela “atas censuradas” que não constam no site do município. “É também défice democrático quando temos dez propostas que apresentamos ao longo do mandato e continuam todas na gaveta”, afirmou. Nuno Ferreira não se ficou por aqui e garantiu ainda que todas as promessas que fizer serão executadas. “Não vamos fazer como a nossa candidata da oposição, Maria Quintas, que faz promessas e não as cumpre. Preferimos colocar lá 10 propostas e executá-las, do que meter lá 100 e não fazer nenhuma”. Mas a social-democrata Maria do Céu Quintas, que quer ser reeleita para um terceiro mandato e “quebrar o enguiço” de só se fazer dois mandatos à autarquia freixenista, considera que falta de democracia é os vereadores da oposição, entre eles Nuno Ferreira, chumbarem apoios sociais. “Durante um mandato os apoios até eram votados a favor, mas desde o início do ano que temos tudo reprovado, os apoios sociais para as pessoas e para as habitações, é tudo reprovado. Tentamos abrir um concurso para contratar pessoas, é tudo reprovado. Então onde é que está a democracia e o querer bem a esta gente?”, questionou. A autarca salientou ainda os apoios que tem oferecido durante o seu mandato, nomeadamente no transporte de doentes, no pagamento de medicamentos, nos incentivos à natalidade, e a diminuição da dívida do município. Quando entrou para a câmara, há oito anos, câmara tinha uma dívida que ultrapassava os 18 milhões, actualmente ronda os 11 milhões. Ainda assim, a candidata pela CDU considera que deve ser feita uma fiscalização à câmara. “Eu quando digo que a câmara de Freixo devia ter uma sindicância, é porque os problemas de dinheiro já vêm sucessivamente há muito tempo e vinha pôr a pratos limpos toda a situação financeira da câmara e isso é benéfico para quem está e para quem vem”, referiu Odete Silva. A cabeça-de-lista da CDU também criticou as contratações a recibos verdes que têm sido feitas pelo actual executivo. “Se é para pôr pão na mesa das pessoas, não se pode fazer isso com outro tipo de contratos? Não se podem criar maneiras de passar essas pessoas para outro tipo de contrato? A minha proposta era que se procurassem maneiras diferentes para ajudar estas pessoas, como os contratos a termo”, afirmou. Quanto a isso, Maria do Céu Quintas diz que não são feitos contratos devido à dívida da câmara que impossibilitava que a contratação de pessoas fosse dessa forma. Outro dos assuntos que esteve em cima da mesa foi a água estar a cargo da empresa multimunicipal Águas do Interior Norte. Nuno Ferreira criticou o preço das facturas, que antes eram de “20 ou 30 euros” e passaram a ser “de 80 ou 100 euros” e disse que o contrato com esta empresa trouxe “zero benefícios” para o concelho. “Aquilo que nós pretendemos no futuro é devolver a gestão das águas ao município”, afirmou. Mas Maria do Céu Quintas explicou que isso não é possível, uma vez que a câmara não tem recursos suficientes para assumir essa infra-estrutura. “Com as regras todas que são impostas pela Comunidade Europeia em termos de água e saneamento não é possível a um município como Freixo ficar sozinho, para além de não haver fundos comunitários para se fazer seja o que for”, explicou, acrescentando que, mesmo que a gestão da água fosse da responsabilidade da câmara, as pessoas seriam obrigadas a pagar as taxas variáveis do saneamento e resíduos, porque é obrigatório e a câmara não pode suportar esses custos.

Jornalista: 
Ângela Pais