Estação vira Centro Ambiental

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Ter, 28/06/2005 - 17:57


As cocheiras degradadas da antiga estação de caminho-de-ferro de Barca d’ Alva, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, vão ser transformadas num Centro Interpretativo do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

O edifício já concessionado pela RFFER ao município de Figueira de Castelo Rodrigo e Instituto de Conservação da Natureza (ICN) aguardando-se o arranque das obras de beneficiação e adaptação do imóvel.
A intervenção está orçada em cerca de 600 mil euros, só nesta primeira fase, e vai ser candidatada a fundos comunitários do INTERREG.
Recorde-se que Barca d´Alva é uma das portas de entrada no PNDI, pelo que o futuro Centro Interpretativo vai ter um carácter interactivo. O objectivo é pôr a funcionar uma série de elementos que mostrem ao visitante toda a riqueza ambiental do PNDI. Para tal, será feita uma aposta nas novas tecnologias, nomeadamente hologramas, painéis interactivos e dispositivos capazes de mostrar ao visitante o cheiro da flora, a morfologia do terreno e imagens reais de toda a fauna.
Os responsáveis pelo projecto consideram, mesmo, que o complexo ferroviário da Barca d’ Alva, devido ao número de imóveis que ali se encontram abandonados, tem potencialidades de adaptação para atrair visitantes vindos da vizinha Espanha e do resto da Europa. Recorde-se que em jogo está o potencial turístico do PNDI, associado ao Parque Arqueológico do Vale do Côa e à região do Douro Vinhateiro Património da Humanidade.

Douro alarga oportunidades

Acresce que, nos dias de hoje, são muitos os turistas vindos de vários países europeus que aproveitam a subida do Douro em embarcações turísticas para melhor conhecer toda a região duriense.
Segundo o vereador do município de Figueira de Castelo Rodrigo, António Edmundo, esta porta de entrada no PNDI pode ter, ainda, outro potencial, nomeadamente a criação de serviços administrativos da área protegida em espaço disponível para o feito. Recorde-se que as delegações espalhadas pelos quatro concelhos da zoa protegida funcionam em instalações arrendadas.
Quanto ao Centro Interpretativo, “não há dúvidas que vai ser mesmo construído, já que reúne todas a condições para o efeito e se trata duma intervenção em espaço rural” garante o responsável autárquico.
Enquanto isso, António Edmundo lança o repto à iniciativa privada, para que os restantes imóveis da velha estação sejam recuperados e transformados em unidades hoteleiras e equipamentos de lazer. Há um nicho de mercado importante em termos de turismo ambiental e, já que a REFER pode vender os imóveis, é necessário aproveitar os cerca de 46 mil turistas que, anualmente, visitam a região de Barca de Alva”, defende o vereador.