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Fim-de-semana dos Santos com pouca gente nos cemitérios

Ter, 03/11/2020 - 12:02


O fim-de-semana de Todos os Santos ficou marcado pela proibição de circulação entre concelhos e as restrições impostas pelos municípios nos cemitérios.

Em Bragança, as pessoas pareceram respeitar as regras e a afluência diminuiu relativamente aos anos anteriores. Ainda assim, a pandemia não impediu que as pessoas visitassem as campas. À entrada dos cemitérios de Bragança, os funcionários da câmara desinfectavam as mãos dos visitantes, e os circuitos de entrada e saída era diferentes, à semelhança do que aconteceu noutros cemitérios do distrito. O uso de máscara era obrigatório e o número de pessoas dentro dos cemitérios foi reduzido. Mas as pessoas concordaram com as restrições e houve até quem achasse que já deveriam ter sido tomadas. Leopoldina Gonçalves disse que usando a máscara e mantendo a distância não há problema. Contudo, por força da pandemia, este ano, não foi tantas vezes ao cemitério durante os Finados. “Costumava vir sempre domingo, estar cá bastante tempo e segunda- -feira fazer também a visita, mas este ano é mais restritivo”, contou. Também Maria Luísa Velasco admitiu ter feito uma “visita de médico”, com receio de estar num local que é público. “Este ano a visita foi diferente, para evitar o contacto com as pessoas, porque nunca sabemos se estamos expostos ao vírus”, disse. A afluência terá sido bem menor do que noutros anos. Maria Barros também considera que a aplicação destas medidas nos cemitérios foi o “mais correcto” e referiu que o melhor seria estarem fechados. “Não tenho receio de vir, porque a afluência não tem nada a ver com os outros anos, é completamente diferente e tem que ser assim”, afirmou. Por outro lado, houve quem não conseguiu ir visitar os seus entes queridos ao cemitério da terra de onde é natural, porque estão fora do concelho e a circulação é proibida. Vivaldo Martins não conseguiu ir a Miranda do Douro e não concorda com esta restrição. “Considero que devíamos poder ir, com as devidas precauções, com máscara e distanciamento, e deveriam deixar movimentar as pessoas mais livremente, embora com regras mas não tão apertadas”, referiu. Mas houve quem se tivesse antecipado sabendo que a partir de 30 de Novembro a circulação entre concelhos não era permitida. “Anteontem estive em Mogadouro e estive no cemitério de família. Antecipei- -me porque tinha que ser, sabia que não se podia circular a partir do dia 30, então fui lá no dia 29”, contou José Batista, admitindo que este ano, apesar de ter o mesmo espirito, as coisas são diferentes. Quanto à venda de flores, a florista Ana Carlos disse não ter verificado diferença em relação aos anos anteriores. Ainda assim, referiu que as pessoas compraram as flores antecipadamente e não esperaram pelo fim-de-semana, como era habitual. “Este ano foi diferente, em vez de deixarem para os últimos dias, aproveitaram para pôr [as flores nas campas] durante a semana, também pelo motivo que não podiam sair dos concelhos e porque tinham dúvidas se os cemitérios iriam abrir ou não”, disse. As restrições postas em prática nos cemitérios do distrito estão em vigor ainda hoje e em alguns casos, como em Mirandela e Alfândega da Fé, mantêm-se também amanhã.

Jornalista: 
Ângela Pais