Hernâni Dias reeleito presidente da Câmara de Bragança e faz pleno no concelho

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Ter, 28/09/2021 - 10:08


PSD venceu com mais 30,53% dos votos em relação ao PS, segunda força política mais votada no concelho

A capital de distrito continua a ser laranja. Hernâni Dias do PSD mantém-se no poder, com 57,51% dos votos, e vai agora para terceiro e último mandato. “Eu não tinha previsões do resultado, não tinha expectativas, mas se me pergunta se estou satisfeito, estou muito satisfeito por ver o trabalho reconhecido pelos nossos cidadãos”, afirmou. A vitória não foi apenas na cidade, mas em todas as freguesias e uniões de freguesias que são agora lideradas pelo Partido Social Democrata, embora na União de Freguesias de São Julião de Palácios e Deilão e nas Juntas de Freguesias de Serapicos, de Babe, de Sendas, de Grijó de Parada e Zoio já se soubesse quem iria vencer, uma vez que havia apenas um candidato a ir a sufrágio. “Temos agora uma grande responsabilidade de continuarmos a governar o município durante os próximos quatro anos, sempre com o mesmo sentido de responsabilidade, com o mesmo rigor, transparência, dedicação, honestidade e proximidade como sempre fizemos”, salientou Hernâni Dias, acrescentando que o concelho precisa de “mais investimento”, “mais criação de postos de trabalho” e de “atrair população”, para que tornar o concelho “mais atractivo” e “competitivo”. Já o Partido Socialista viu perder as cinco juntas de freguesia que tinha no concelho, Carragosa, Izeda, Parâmio, Quintanilha e Grijó de Parada. Quanto à câmara, Jorge Gomes, que se candidatava pela terceira vez à presidência, conseguiu apenas 26,98% dos votos, uma ligeira descida em relação há quatro anos. “Derrota é não ganhar a câmara. O facto de termos freguesias ou não termos, é óbvio que é pena não termos cinco freguesias era uma presença na Assembleia Municipal que era interessante. Lamentavelmente não ganhámos nenhuma. Esta é uma questão transversal ao país todo”, disse Jorge Gomes. O candidato referiu ainda que esperava ter um melhor resultado, mas que perante os resultados nacionais percebeu que os seus não poderiam ser como desejava. Já o Chega concorreu pela primeira vez na cidade, com Carlos Silvestre. Neste domingo conseguiu 5,89%, tendo sido a terceira força política mais votada. O partido concorreu ainda à União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, com José Pires, que já foi presidente da união, mas pelo PSD, e obteve 7,91% dos votos. “Não estamos contentes com o resultado claro, ficámos triste com tudo aquilo que passámos nesta campanha, com tudo o que ouvimos, com todo o descontentamento por parte das pessoas com quem contactávamos e não se reflectiu. A abstenção também é uma coisa que nos entristece, não faz bem à democracia”, frisou Carlos Silvestre. O candidato referiu ainda que espera que no final destes quatro anos estejam cumpridas todas as promessas de Hernâni Dias e que Bragança possam “entrar no mapa das cidades top”. “Espero sinceramente que não haja atropelos às liberdades e que não haja atropelos a todas as pessoas que tiveram a coragem para dar a cara, que as respeitem e que as pessoas que venceram saibam respeitar aqueles que perderam”, disse. Carlos Silvestre realçou ainda o trabalho desenvolvido na campanha, acrescentando que deu “tudo que tinha para dar”. Já a CDU, com o candidato António Morais, que tinha ido à corrida também nas eleições em 2017, conseguiu 2,22% dos votos. Fátima Bento, da direcção da Organização Regional de Bragança do PCP, disse estar satisfeita por ter mantido um representante na freguesia de Rabal para a Assembleia Municipal. “A perspectiva que conseguimos manter o eleito que temos na Assembleia Municipal”, referiu, momentos antes de serem conhecidos os resultados da União das Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo. Nestas eleições, o CDS-PP e o Bloco de Esquerda viram diminuir o número de votos. O CDS-PP conseguiu 1,39% dos votos, quando há quatro anos conseguiu 4,19%, e o Bloco de Esquerda, 1,32%, enquanto em 2017 conseguiu 2,72%. Quanto à Assembleia Municipal, foram eleitos 24 deputados do PSD, 12 do PS, três do Chega e um do PCP. Já o CDS-PP e o Bloco de Esquerda que tinham um deputado, nestas eleições não conseguiram eleger nenhum. No concelho de Bragança a taxa de abstenção também aumentou. Em 2017, 42,95% dos eleitores inscritos não votaram. Já este ano, não exerceram o direito de voto 49,41% dos eleitores.

Jornalista: 
Ângela Pais