“Incêndio” na escola

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Ter, 14/06/2005 - 14:46


Duas crianças feridas foi o resultado de um incêndio que ocorreu, na passada quarta-feira, no primeiro piso da Escola EB1 nº 9 da Mãe d`Água, em Bragança.

Dado o alerta, por volta das 10 horas, os Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB) chegaram ao local em poucos minutos e socorreram, de imediato, as duas vítimas do incidente.
Este podia ser o relato de uma tragédia bem real, mas tratou-se, apenas, de um simulacro organizado pelo Agrupamento de Escolas Paulo Quintela naquele estabelecimento do ensino básico.
Esta foi a primeira simulação de incêndio realizada nas escolas do 1º Ciclo do concelho de Bragança, com vista a preparar os mais pequenos para reagirem numa situação real.
Segundo Carlos Martins, membro do comando dos BVB, “este simulacro serviu como um treino para os bombeiros, uma vez que foi possível verificar a reacção das crianças perante uma situação de incêndio na escola”.

Bombeiros testam meios

A encenação deste incidente foi previamente preparada, pelo que, tanto os bombeiros, como os alunos já estavam devidamente preparados.
No entanto Carlos Martins salienta a importância dos soldados da paz conhecerem os edifícios, nomeadamente as escolas, que são um local “onde pode acontecer uma tragédia, caso deflagre um incêndio na realidade, visto que têm muita gente”.
O presidente do concelho executivo do Agrupamento de Escolas Paulo Quintela, Germano Lima, esclarece que esta iniciativa “é uma obrigação de todas as escolas, que devem fazer anualmente dois simulacros: um com pré-aviso e formação e um segundo de forma inesperada”.
No caso da Escola da Mãe d´Água, a simulação aconteceu com pré-aviso, pelo que correu tudo dentro da normalidade.
“Correu tudo bem, relativamente às condições que a escola apresenta. No entanto, se fosse uma situação real, seria muito mais complicado e haveria mais pânico”, refere a professora Assunção Fernandes.

Crianças mantêm a calma

As crianças já tinham recebido formação e, por isso, já sabiam os passos que tinham que dar face a uma situação de incêndio.
A aluna da escola do primeiro ciclo da Mãe d´Água, Cintia Martins, contou como tudo aconteceu. “Nós reagimos todos bem, porque a professora já nos tinha ensinado o que é que devíamos fazer. A primeira coisa que fizemos foi sair da sala, onde deixamos ficar todo o material em cima das mesas. Depois deslocamo-nos para um sítio seguro, onde as chamas não nos conseguissem atingir”, relata Cintia Mendes.
Germano Lima esclarece que se trata de um processo que está a ser desenvolvido pelo agrupamento, em parceria com a Câmara Municipal de Bragança, onde estão a ser elaborados os planos de emergência de todas as escolas do 1º Ciclo. Um deles acaba de ser testado neste simulacro.
O responsável acrescentou, ainda, que no início do próximo ano lectivo, vai ser agendada uma reunião com os bombeiros e com a Protecção Civil para planear os simulacros que vão ser realizados nas escolas do 1º Ciclo, durante o próximo ano.