Lago na Praça Camões

O procedimento até poderia parecer normal na época do Verão, se o País não atravessasse um grave período de seca, ao qual a região de Bragança não é excepção.
Os bragançanos, aliás, já foram alertados para pouparem água, mas na passada sexta-feira a autarquia não parecia estar preocupada com o desperdício do líquido precioso naquela zona da cidade.
O Jornal NORDESTE ouviu alguns populares, que se mostraram descontentes com as perdas de água na Praça Camões. É que, apesar de se tratar de água de rede em circuito fechado, o sistema de condutas mostrou-se incapaz de conduzir o líquido com eficácia, tendo em vista a sua reutilização.
Sendo assim, no dia em que o sistema começou a funcionar, a Praça Camões ficou parcialmente alagada, dado que nem toda a água foi conduzida para o circuito fechado.
Deste modo, o líquido que se perdeu acabou por ser absorvido pelo cimento e pelas altas temperaturas.

“Perdas são mínimas”

Confrontado com esta situação, o presidente da Câmara Municipal de Bragança (CMB), Jorge Nunes, desdramatiza a situação, alegando que as perdas de água com o funcionamento daquela fonte são mínimos, uma vez que se trata de um sistema que funciona em circuito fechado e permite a reutilização da mesma água.
“As perdas são muito reduzidas, na ordem de meia dúzia de metros cúbicos. Desperdiçam mais água dois ou três cidadãos que não tenham cuidado do que a água que é necessária para encher aquela fonte”, salientou o edil.

Espaços verdes começam a secar

O presidente da CMB garante que o sistema vai continuar a funcionar durante o Verão, para garantir aos bragançanos e aos visitantes uma cidade mais “confortável e atractiva”.Mas este fim-de-semana parece ter sido uma excepção, visto que os termómetros chegaram a atingir os 39 graus e os repuxos da Praça Camões não refrescaram o local.
Quanto ao abastecimento de água aos bragançanos, o edil assegura que está garantido se a população continuar a ter um consumo racional, como tem acontecido até ao momento.
Jorge Nunes acrescenta que a autarquia já adoptou um programa mínimo de manutenção para os jardins. Neste momento, o autarca afiança que as árvores estão a ser regadas, por turnos, com cisternas e com água que não é potável.
No entanto, a seca está a enraizar-se de tal maneira que “alguns espaços relvados da zona do Polis e do Parque Bartolomeu de Gusmão já estão a secar”, acrescentou o edil.