Ter, 11/05/2021 - 11:46
O comandante nacional da Protecção Civil, André Fernandes, explicou que no âmbito da operação de carácter nacional foram realizados vários exercícios nos concelhos de Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Torre de Moncorvo, para “testar a expressão máxima do sistema de gestão de operações, a fase 6”. “Chamámos todas as entidades que trabalham no sistema de protecção civil, mais vocacionados para o dispositivo especial de incêndios rurais, e permitiu-nos testar as várias valências, como a capacidade de comunicação entre os diferentes postos de comando, a gestão da informação, peça fundamental para qualquer direcção de uma emergência de protecção civil”, referiu. Entre as acções contaram- -se um simulacro de incêndio, com fogo real, foram ainda testados cenários de um acidente a envolver um veículo de bombeiros, do despiste de um veículo para o rio, de evacuação de um aglomerado populacional e de um lar de idosos. Segundo o comandante André Fernandes, os exercícios são uma das principais ferramentas de treino, formação e preparação dos agentes de protecção civil, servindo para testar o sistema e identificar problemas, em especial numa altura de mudanças na Protecção Civil. “A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil está a aplicar a nova lei orgânica e organização. Este foi o pontapé de saída para as regiões e decidimos fazer no Norte, dar esta capacitação, mostrar esta nova organização, antes da época mais quente, para permitir testar esta articulação entre este novo comando regional, os postos de comando e tudo o que tem a ver com a gestão da informação”, sublinhou. O simulacro teve como base o incêndio de Picões, de grandes dimensões, na zona sul do distrito. As condições geográficas do terreno e as comunicações são duas das dificuldades com que os mais de 800 operacionais de todo o distrito e de outros pontos do país, enfrentaram nos exercícios. “Há a orografia do terreno e outras dificuldades foram prontamente colmatadas com o reforço, quer das redes, quer das infra-estruturas do ponto de vista das comunicações que permitiram suprimir uma falta ou outra de cobertura de rede, seja SIRESP, rede operacional de bombeiros ou da rede Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), porque os meios foram deslocados para permitir suprir algumas zonas sombra”, sublinha. O responsável salienta que as falhas também se prendem “com o balanceamento rápido de meios, que chegam e começam a alimentar-se das redes”, sendo necessária monitorização que permite evitar o colapso das redes”.