Ter, 02/08/2005 - 16:37
Bragança foi notícia por ter dado um pontapé no isolamento, por ter mostrado que tem um aeródromo capaz de receber aviões de médio porte e por dizer ao País que o próximo passo é lutar por um aeroporto regional.
Foi esta a mensagem que passou nas rádios e televisões que cobriram a chegada do avião da Aerocondor que começou a efectuar as ligações entre Paris-Agen-Bragança e que encontrou eco nos títulos de imprensa do dia seguinte.
Ao contrário do habitual, a cidade afirmou-se, não por questões negativas, mas por ter um serviço que a maioria das cidades do litoral não tem. Isso mesmo.
Apesar do avião ter chegado a Bragança com uma hora de atraso, os passageiros desembarcaram sorridentes e com um pensamento na cabeça. “Estamos em casa”, diziam. Esta sensação só é possível quando se aterra em Trás-os-Montes, evitando desembarques no Aeroporto Francisco Sá Carneiro e penosas viagens desde o Porto até uma das sedes de concelho do distrito.
Aquilo que há uns anos era um sonho de um empresário de Coelhoso já falecido, de nome Moisés Martins, é hoje uma realidade, fruto do empenho da Câmara Municipal de Bragança e da empresa Aerocondor.
Oxalá os destinatários deste novo serviço agarrem esta oportunidade, pois convém lembrar que as ligações só são viáveis se houver passageiros que encham o avião.