O regresso de Carvalhas

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Ter, 04/10/2005 - 14:37


O ex-secretário geral do PCP e actual membro do Comité Central, Carlos Carvalhas, escolheu Bragança para reaparecer na cena política.

O dirigente apadrinhou o arranque da campanha da CDU, num jantar que decorreu em Bragança, com a presença de candidatos, militantes e apoiantes.
A difícil implementação do partido no concelho de Bragança levou Carlos Carvalhas a deslocar-se à capital do Nordeste Transmontano, para reforçar a candidatura de José Castro à Câmara Municipal de Bragança (CMB).
José Castro fala do “trabalho longo” que a CDU tem feito na região e mostra-se confiante na “análise que o eleitorado bragançano” vai fazer no próximo dia 9 de Outubro.
O reforço da votação, que permita um maior número de representantes na Assembleia Municipal, e a eleição de um vereador na CMB é o principal objectivo de José Castro.
Já Carlos Carvalhas dirigiu-se, sobretudo, aos trabalhadores e aos pequenos e médios empresários, a quem o deputado pediu para mudarem o sentido de voto.

“Hora da mudança”

“As pessoas têm votado alternadamente no PS e no PSD. Está na hora de mudarem o sentido de voto, porque como já sabem, muda a orquestra mas a música é sempre a mesma”, salientou Carlos Carvalhas.
O membro do Comité Central do PCP não poupou críticas ao executivo liderado por José Sócrates e condenou os sucessivos apelos que o Governo tem feito aos portugueses para apertarem o cinto. “Dizem que todos são sacrificados. É mentira. A contenção é só para os trabalhadores e não para a banca e para os grandes senhores do dinheiro”, assevera o dirigente.
Carlos Carvalhas lembrou, ainda, que a CDU é a única força que recebe os trabalhadores e os pequenos e médios empresários nos momentos mais difíceis. Por isso, pediu aos bragançanos “mais votos nas eleições para terem mais força no momento das aflições”.
A participação do Bloco de Esquerda, pela primeira vez, na corrida às autárquicas não assusta os comunistas, que garantem que não estão em competição, mas acreditam no projecto da CDU, que “é considerado válido pelas forças políticas adversárias”.