Orçamento municipal de Mirandela cresce 3,5 milhões de euros relativamente a 2020

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Ter, 29/12/2020 - 10:52


Mirandela terá 39 milhões e meio de euros para 2021.

O orçamento municipal foi aprovado, na última reunião de câmara, com 31 votos a favor, 16 contra e dez abstenções. Face a 2020 sofre assim um acréscimo, que se situa em mais de três milhões e meio de euros. À Rádio Terra Quente, a presidente da câmara, Júlia Rodrigues, revelou que, no plano de investimentos, “a pedra basilar é o crescimento económico”, ou seja, a forma como Mirandela vai conseguir superar as “dificuldades” que este ano trouxe à execução de vários projectos e obras previstas para que 2021 gere “crescimento económico, emprego e competitividade”. Além disso, outra das prioridades é manter os apoios aos munícipes, porque a pandemia trouxe uma crise social e económica. Segundo explicou ainda a autarca, também são matérias de relevo a revitalização urbana e rural e as questões ambientais, o que leva a apostar em estações de tratamento de águas residuais e ramais de abastecimento de água. Outro dos motivos que fez subir o orçamento, passa pelas funções económicas. Neste campo prevê que seja realizada a expansão da zona industrial e que se dê continuidade aos projectos inscritos no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). Este orçamento, que a autarca não considera “eleitoralista”, ainda que o próximo ano seja de eleições autárquicas, também é maior devido ao reforço do apoio às juntas de freguesia do concelho, para as quais está previsto perto de um milhão de euros. O líder da concelhia do PSD votou contra e considerou que, apesar das obras que se vão construir, “é um orçamento que não dá um rumo de desenvolvimento sustentável para o futuro na perspectiva da criação de emprego”. Paulo Pinto lamentou que se esteja a planificar uma nova zona industrial sem que a expansão da actual se esteja a realizar. Contra a proposta de orçamento municipal para 2021 também votou Jorge Humberto. Para o único deputado municipal da CDU “não há uma aposta naquilo que tem de ser o investimento público que a autarquia faz, ou seja, está manietada ao que são os fundos comunitários”. Pelo contrário, Faustino da Cunha, do CDS, votou a favor. “Há mais de dez anos que tenho vindo a reclamar pela existência de um serviço que possa minorar o isolamento das populações nas aldeias. Como está finalmente inscrita uma verba para criar esse serviço, tenho de estar na expectativa que isso se concretize”, justificou.

Jornalista: 
Carina Alves