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Resíduos do Nordeste contesta aumento da taxa de deposição em aterro

Ter, 13/10/2020 - 12:33


A Resíduos do Nordeste vê com preocupação a decisão do governo de duplicar a taxa de gestão de resíduos, que vai passar de 11 para 22 euros

“Significa um aumento de 100% para as operações de deposição em aterro e que terão aplicação em 2021”, afirma o presidente do Conselho de Administração da empresa intermunicipal, Hernâni Dias, que apelida a medida de “erro grosseiro”, tendo por isso sido contestada junto do primeiro-ministro. “Não concordamos com este aumento brutal”, afirma. Esta subida significa que os 13 municípios vão passar a pagar, por ano, 800 mil euros em vez dos 400 mil, que assumem agora, correspondente à deposição em aterro do lixo indiferenciado. Para o autarca este aumento “tão grande” pode “comprometer o já muito débil equilíbrio financeiro deste sector” e afirma que esta é uma medida “ineficaz”, porque “não vai conseguir desencorajar as opções de deposição em aterro e incineração do lixo indiferenciado”. Hernâni Dias sustenta que “o facto de a reciclagem ser maior ou menor depende de outros factores” e que esta subida da taxa terá um efeito “completamente marginal no aumento da reciclagem”. O responsável admite que o acréscimo se vai reflectir na factura da água. “Duplicar nesta altura um imposto sobre a gestão de resíduos recairá integralmente sobre os municípios e as famílias, porque no limite são quem suporta estas taxas”, afirmou. “Isto é absolutamente incrível. O país vive hoje um período dificílimo da sua vida colectiva e aos municípios cabe, em primeira linha, o apoio social às famílias, temos solicitações fortíssimas, muito onerosas, por parte das populações, para as quais a nossa capacidade de resposta depende de recursos que são sempre muito escassos”, sublinha ainda. O também autarca de Bragança dá ainda o exemplo deste município, onde a duplicação do valor da taxa implicaria uma subida de cerca de 130 mil euros para 260 mil euros. A RN gere os resíduos urbanos da área dos municípios Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso, Vinhais, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro