SCUT até Bragança

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Ter, 02/08/2005 - 15:32


O troço da futura auto-estrada Vila Real-Quintanilha não deverá ter portagens.

Fonte próxima do Governo revelou ao Jornal NORDESTE que a solução em estudo passa pela colocação de portagem no lanço Amarante-Vila Real, enquanto o troço até Bragança e a fronteira deverá ser construído em regime SCUT, ou seja, “Sem Custos para o Utilizador”.
No que respeita ao traçado da auto-estrada, a mesma fonte adiantou que a solução que serve a região é a construção de um novo corredor paralelo ao IP4, para não condicionar a circulação na principal via da região durante a empreitada da A4.
“A A4 não deve sobrepor-se em nenhum lanço ao IP4, para evitar que os automobilistas tenham de fazer desvios para a EN 15 durante as obras”, defendeu a fonte.
A mesma opinião tem o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes. “Queremos uma auto-estrada nova, deixando o IP4 livre para o trânsito local e para os cidadãos que não querem pagar portagens”, sustenta o edil.
Após uma reunião de trabalho com os autarcas dos distritos de Bragança e Guarda, o secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, não confirmou nem desmentiu estas informações.
O governante revelou, apenas, que a auto-estrada será construída através duma única concessão pública. A primeira fase desta parceria público-privada avançará em 2007, entre Vila Real e Amarante, seguindo-se o troço Vila Real-Bragança.
Quanto ao traçado da A4 entre a cidade vilarealense e a fronteira de Quintanilha, Paulo Campos anunciou que, em Setembro, será adjudicado um estudo para saber se a A4 nascerá num corredor paralelo ao IP4 ou se a auto-estrada será feita à custa da duplicação da actual via rápida.

IP2 pronto em 2009

Em relação ao cumprimento do Plano Rodoviário Nacional, o secretário de Estado garantiu que os projectos do Governo passam por assegurar os principais eixos transfronteiriços e ligar todas as capitais de distrito de distrito por auto-estrada ou outras vias rápidas. “Isso só é possível com a construção da A4 até Quintanilha, com a conclusão do IP2 e com a construção IC5”, reconhece Paulo Campos, acrescentando que Bragança “é um distrito prioritário nas acessibilidades rodoviárias”.
Em matéria de IP2, o secretário de Estado assevera que o Governo “está em condições de concluir, durante esta Legislatura, todos os troços que ainda faltam, entre Bragança e Faro”. Neste leque incluem-se os lanços Vale Benfeito-Ponte do Sabor e Pocinho-Celorico da Beira.
Relativamente ao IC5, Paulo Campos assegura que, em 2007, avançará a construção do troço entre o nó do Pópulo do IP4 e o futuro nó do IP2 de Vila Flor, passando pelos concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães.
Mais atrasada está a ligação de Bragança ao nó de Puebla de Sanábria da autovia das Rias Baixas (A52). “Essa ligação está a ser analisada em parceria com autoridades espanholas e ainda este mês [Julho] houve reunião entre as duas partes, porque no leque dos eixos transfronteiriços é uma das matérias em cima da mesa”, revelou o membro do Governo.