Tetraplégico luta pela sobrevivência

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Qua, 27/04/2005 - 15:57


Um homem de 44 anos, vítima de um acidente de trabalho que o deixou tetraplégico, pede ajuda ao Centro Nacional de Pensões (CMP) para garantir a sua sobrevivência.

Paulo Assis Rodrigues vive em Mogadouro com a ajuda dos seus irmãos, pois não tem qualquer apoio da parte da Segurança Social.
Só em medicamentos e fisioterapia, a família da vítima do acidente gasta cerca de 300 euros por mês, o que ainda vem a agravar mais a situação.
Na residência dos familiares de Paulo Rodrigues já foram feitos vários investimentos para que mobilidade do paciente seja melhorada, como é o caso da montagem de um elevador, já que a vivenda tem um vão de escadas.
As despesas crescem e os familiares estão indignados com a atitude do CNP em não atribuir uma pensão por invalidez a Paulo Rodrigues, situação que já se arrasta há mais de dois anos.
Foi em 2003 que o quotidiano desta família mudou completamente, pois há rotinas e cuidados com o doente que têm de ser cumpridas, pois a incapacidade de Paulo Rodrigues é de 99 por cento.

Cadeira de rodas custa 6 mil euros

Sem grandes alternativas, João Rodrigues, outro dos irmãos da vítima, pede às entidades responsáveis que olhem para este caso.
Em Mogadouro está, mesmo, a decorrer uma campanha de angariação de fundos para a compra duma cadeira de rodas eléctrica, equipamento avaliado em mais de seis mil euros que pode vir a melhorar, significativamente, a vida de Paulo Assis.
Esgotadas as via oficiais, resta à família apelar à generosidade da comunidade. É que numa missiva enviada pelo CNP pode ler-se que a Comissão de Verificação de Incapacidades Permanente, por deliberação de Junho de 2004, considerou a incapacidade de Paulo Rodrigues resultante dum acidente de trabalho, pelo que não estão reunidas as condições legais para a atribuição da solicitada pensão.
Entretanto, a família pode pedir uma ajuda pontual à Segurança Social, até que se resolva o processo que corre em tribunal.