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Editorial

Ser de Trás-os-Montes  e ter optado por ficar, resistir às voragens que a infeliz história política deste país nos destinou e continuar a acalentar certezas de que haveria outros caminhos está a tornar-se condição de insanidade irremediável, a roçar a paranóia, que nos remete para o ridículo.

Quase no fim da segunda década do século XXI estamos a viver uma semana que poderia constituir um ponto de viragem no destino do país, se fosse aberto realmente o caminho de ruptura com as políticas que condenaram três quartos do território ao abandono.

É difícil encontrar alguém que não reconheça mérito às associações de bombeiros voluntários, instituições que têm dado contributos inegáveis para a segurança e a tranquilidade das comunidades todos os dias de cada ano.

Começara o século quando um António, quase tão santo quanto o proclamado padroeiro da capital, também com dotes oratórios afamados, mas igualmente destinado a sermonar aos peixes, comunicou ao país, entre pesaroso e desiludido, que já não suportava o fedor do pântano em que se tornara a política

A nossa relação com o trabalho não anda longe da que mantemos com o pecado original que o primeiro livro da Bíblia carregou com tons de tragédia irremediável, renovada a cada geração chegada a este mundo para se confrontar com um horizonte de má sorte de que só se libertará para além da dor, depo

Completam-se amanhã quarenta e quatro anos sobre o dia em que floriram cravos nas mãos e nos canos das espingardas neste Portugal, país do poente, sempre promessa de madrugadas empolgantes e manhãs radiosas, enquanto não chegam tardes entediantes e vésperas de desânimo.

A condição do nordeste transmontano, marcada pelo despovoamento acelerado, a fragilidade do tecido empresarial e a rarefacção de actividades produtivas também tem reflexos no futebol e na capacidade competitiva das equipas que aqui vão resistindo, adiando o colapso.

Há meio século, por noites e madrugadas, formigueiros de gente calcavam carreirões no mato, junto à raia, com pressa, o coração a saltar no peito, a esperança de que a lua fosse preguiçosa e os guardas fiscais tivessem mais que fazer.

Um velhíssimo problema tem acompanhado a construção e consolidação do modelo político democrático, que reconhecemos como expressão do que de melhor foi concebido e realizado na história da humanidade.

Enquanto responsáveis políticos europeus continuam a acalentar a ilusão de que os extremistas islâmicos já vão cansados de dar tiros, esfaquear indiscriminadamente ou lançar automóveis sobre pacatos cidadãos, o terror vai alastrando de forma insidiosa, em condições de poder bater à porta de qualq

Quando já não parece possível que o descaramento triunfe numa sociedade que se pretende informada, atenta, vigilante e mesmo vigorosa na erradicação das ameaças à justiça, à equidade e à dignidade que o sistema democrático exige, há notícias que nos atingem como raios de uma trovoada final, arras

Com púlpito cativo numa das televisões, esta senhora integra uma espécie de senado imaginário, uma câmara dos lordes informal, já que os pares do reino perderam o assento quando Manuel II embarcou na Ericeira para o exílio britânico.