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Varela resolveu dérbi transmontano

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Ter, 19/02/2019 - 14:08


O SC Mirandela somou, no domingo, a segunda vitória consecutiva na era Luís Pinto, 1-0 com o Chaves Satélite.

Uma vitória magra mas concludente e que fez os alvinegros subir um degrau na tabela classificativa, ocupam agora a quinta posição com 40 pontos.

Boris decisivo no triunfo caseiro do Bragança

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Ter, 19/02/2019 - 14:04


O Grupo Desportivo de Bragança venceu, no domingo, a equipa do Vimioso, por uma bola a zero, num jogo a contar para a 14ª jornada da Divisão de Honra Repsol Gás. O golo foi marcado pelo número 27 dos brigantinos, Boris, aos dez minutos.

Não está fácil ser pobre

A pobreza é estado que, no decurso do tempo, tem sido entendida das mais variadas formas, chegando ao ponto de se considerar legítima e até necessária. Deste modo, permitia-se aos ricos dar esmolas e partilhar bens de primeira necessidade em troca de um lugarzinho no céu. Nesta perspetiva, os pobres existiam para a salvação dos ricos. Tal prática não está assim tão distanciada no tempo pois, não me considerando tão velho quanto isso, ainda me lembro ouvir os pobres pedir “um bocadinho de pão por alminha de quem lá tem”. Na arte de bem pedir, havia alguns que, de tal forma tinham aprendido a lição que, atrás do pão, ia a carne e ao lado desta as batatas e mais alguma coisa das fartas casas de lavoura. Estes, os mais pobres entre os pobres, não se demoravam muito em cada lugar e, normalmente, a sua passagem era associada ao roubo de qualquer coisa menor. Já ninguém levava a mal e, muitas vezes o ofendido perdoava em troca de um facto capaz de quebrar a rotina dos dias.

Havia outros mais sedentários. Ajudavam nos trabalhos da terra, iam buscar água à fonte e “davam uma mão” naquilo que fosse necessário. Estes tinham um estatuto quase familiar. As portas das casas mais abastadas estavam sempre abertas para eles. Quando se fazia o almoço ou o jantar, punha-se sempre mais um ou dois quartilhos de água no caldo ou coziam-se mais umas batatas a pensar nessa gente. Dava gosto vê-los comer e, quando tinham filhos pequenos, mal os “patrões” acabavam de jantar, era uma alegria ver aquela chusma de garotos entrar na cozinha, pegar nos pratos que tinham ficado na mesa e encher a barriga do que sobrou. Eram pobres mas felizes e socialmente aceites, em troca do suor, de um cesto de verga ou de uma dúzia de agulhas feitas de varetas de chapéus-de-chuva em desuso.

Os tempos mudaram e os hábitos também, tornando a pobreza limpa e arrumada. Talvez os ricos tenham aprendido a salvar-se de outro modo e os pobres institucionalizaram-se passando a estar sob a tutela de organizações que, com recursos limitados, tratam deles. Mas neste mundo que nos habituamos a olhar como se todos fossem iguais, há ainda os pobres dos mais pobres. Aqueles que continuam a vaguear pelas ruas e a estender a mão já não à porta das igrejas – até nisso tiveram de se adaptar – mas nos estacionamentos e nos centros comerciais. Como a área é maior, há pontos de fuga por todo o lado para quem não tem paciência. Os das corridinhas marotas encetam percursos entre as viaturas, num jogo de esconde-esconde com os sacos a denunciar a presença. Há também os de olhar complacente que fazem um pequeno desvio como se fossem incomodados com aquela presença de pobre, mas apenas um bocadinho; esboçam um sorrisinho, olham de ladinho e seguem o seu caminhinho. Mas o fascínio vai para os que, destemidos, não se afastam nem um milímetro: convictamente seguros de si avançam prontos a enfrentar aquela figura sem vida no olhar, a estender a mão e a suplicar por uma moedinha que lhe salve o dia. “- Só uso cartão” – dizem com ar sorridente, olhando o pobre olhos nos olhos mostrando assim quem manda ali. Estes cada vez são mais. Por este andar, dentro em breve, cada pobre vai ter de andar com um terminal multibanco e de preferência com todas as opções: Visa, Electron e todos os que desconheço com toda a certeza.

Também já me apercebi que as campanhas de solidariedade já não são o que eram: ou o processo decorre todo no mesmo sítio ou tem de ser uma daquelas on-line, onde basta um clique para tudo ficar despachado. As que continuam a apostar no cartaz com pontos de recolha estão votadas ao fracasso. Já não há quem esteja disposto a agarrar no produto e fazer alguns metros que sejam para a entrega. Os que ainda se identificam com a causa acham maçudo, os que não estão para se ralar consideram um exibicionismo promover cenas destas. Porém, quando ainda há uma centelha de consciência e se olham os pobres através do prisma da caridade cristã (desconheço se poderá existir outra), por vezes, há quem entregue uma nota e permita saciar a fome de quem não tem nada. É que os tempos mudam, a fome mantém-se e ninguém é pobre porque quer.

Há pobres e há pobreza. Há aquela onde o contributo individual não chega a ser uma gota que sacie seja o que for, mas há outra onde basta um sorriso ou um olhar empático que faz toda a diferença.

Pode não se ser religioso nem ter valores que potenciem a realização das obras de caridade em séculos anteriores tão apregoadas, mas se todos somos humanos, que seja esse o princípio do fim da pobreza que vive ao lado de cada um.

Nós trasmontanos, sefarditas e marranos - António Pereira d´Aça (n. Chacim 1652)

Duarte Fernandes se chamou o seu pai, mercador e proprietário agrícola, o qual foi preso pela inquisição de Coimbra, em janeiro de 1670, quando contava 58 anos. Saiu penitenciado em cárcere e hábito e sequestro de bens no auto da fé de 14.6.1671.(1)

Denunciada como judaizante seria também a sua mulher, Ana Pereira, 8 anos mais nova. Não a levaram presa para Coimbra, por se encontrar entrevada na cama, sendo ouvida em casa em 22.10.1671, por um comissário. Isso não impediu que lhe fosse instaurado um processo e nele fossem autuadas as culpas que lhe iam sendo assacadas. Faleceu em 6.2.1680, mas só em 21.8.1687 foi apreciado o seu processo e

ditada a sentenciada.(2)

O casal teve 7 filhos, todos casados em famílias cristãs-novas, também com largo historial na inquisição. Dois deles casaram com filhos de Pascoal Ramos e um terceiro casou com Leonor Nunes, de Bragança, a qual, ficando viúva, casou segunda vez com João da Costa Vila Real.(3)

António Pereira d´Aça, o nosso biografado, nasceu em Chacim, por 1652 e casou em Rebordelo, termo de Vinhais, com Ângela Nunes, que lhe deu dois filhos: Duarte, nascido por 1680 e Clara, 5 anos mais nova.

António era homem muito viajado, não apenas em Portugal mas também por Castela, mercador de panos, especialmente sedas. No verão de 1695, partiu de Chacim rumo à cidade portuária da Corunha, no extremo noroeste da Galiza. Ali embarcou em um navio holandês e viajou para Amesterdão.

Chegou pelo mês de Outubro e foi hospedar-se em uma estalagem sita no arrabalde, junto à sinagoga, propriedade de um judeu ido de Livorno, chamado Moisés Alva. Procurou por Diogo Rodrigues Nunes, viúvo de Maria Pereira d´Aça, mas disseram-lhe que era já falecido. Precisaria, naturalmente, de apoio e lembrou-se de dois irmãos que conhecera no Porto, chamados Manuel e Jerónimo Nunes de Carvalho, recentemente chegados à Holanda, fugidos da inquisição. Perguntaram-lhe se ia também fugido da inquisição e ele respondeu que sim. Ter-lhe-ão dito que o apoio não havia de faltar mas para isso, tinha de frequentar a sinagoga e tornar-se judeu, fazendo-se circuncidar.

O mesmo lhe dizia o estalajadeiro, naturalmente e todos os judeus sefarditas que na “Jerusalém do Norte” ia encontrando. E logo começou a frequentar a sinagoga e foi circuncidado. A cerimónia decorreu na própria estalagem, no dia 3 de novembro, sendo a circuncisão feita por David Leão, testemunhada pelo estalajadeiro, pelos irmãos Carvalho “e cinco ou mais judeus”. Ficou 8 dias de cama a curar a ferida da circuncisão. Ia curá-lo o mesmo David de Leão que também lhe levou 40 patacas angariadas por ele entre os da comunidade.

Viveu na Holanda meio ano e, para além de Amesterdão, conheceu as cidades de Haia, Delft, Roterdão e Leiden. Viveu como judeu, frequentando a sinagoga, instruindo-se e rezando por um livro que lhe deram à chegada. O livro vendeu-o depois que decidiu deixar a Holanda e dirigir-se a Londres, cidade onde chegou ao fim do mês de maio de 1696.

Não temos qualquer informação acerca das pessoas que ele contactou em Londres, para além do capelão-mor da capela(4) da embaixada de Portugal naquela cidade, a quem contou as suas aventuras.

Certamente que se dirigiu ao dito capelão com o objetivo de conseguir um documento que lhe permitisse o regresso a Portugal, sem receio de ser preso pela inquisição, que por todo o lado tinha esbirros e logo a sua fama de judeu público em Amesterdão chegaria com ele. Obteve assim o documento desejado, assinado pelo capelão, pelo “embaixador” Manuel Jacques de Magalhães, visconde de Fonte Arcada e mais 5 testemunhas que assistiram à cerimónia de abjuração na capela. Mas, veja-se o texto:

— Eu, abaixo assinado, capelão de SS. O Visconde de Fonte Arcada (…) certifico e declaro que António Pereira (…) me veio dizer que ele, reduzido a necessidade, na Holanda, para procurar favor e ajuda dos judeus da dita terra, por alguns meses do ano de 1695 e alguns de 1696, comunicou com eles no judaísmo e aceitou os ritos e cerimónias da dita superstição em comunhão com os ditos judeus, durante o sobredito tempo, nas suas sinagogas. Porém, agora, caindo sobre si, resolvera, como verdadeiro penitente, renunciar e abjurar a dita seita e tornar-se ao grémio da sacra santa igreja católica. Certifico mais que, conforme o seu desejo, precedendo-se a exame e todas as demais preliminares disposições e requisitos necessários (…) fez abjuração da dita superstição judaica e profissão das vivíficas doutrinas e crenças da santa madre igreja católica (…) na capela pública do sobredito Senhor Enviado em Londres, aos 25 de junho de 1696. O qual feito, o absolvi da excomunhão e quaisquer outras censuras eclesiásticas incorridas pelas causas sobreditas, conforme o poder e privilégios de missionário nestas terras que para isso tenho…(5)

Obviamente que a absolvição e a entrega do documento impunham que António Pereira, ao chegar a Lisboa se fosse apresentar ao tribunal da inquisição. Caso contrário, ao “crime” de judaísmo se acrescentava o de fingir e estorvar o trabalho reto do santo ofício.

Chegou a Lisboa no dia 1.9.1696 e logo se apresentou na inquisição, sendo ouvido pelo inquisidor António Monteiro Paim. E para justificar a sua ida a Amesterdão, disse que fora com o objetivo de receber 200 mil réis da mão de um Diogo Rodrigues Nunes, que havia deixado em testamento a mulher deste, Maria Pereira d´Aça a sua sobrinha Francisca d´Aça, moradora em Chacim, sua parente. Porém, chegando a Amesterdão, soube que Diogo Rodrigues era já falecido, como atrás se disse e ele se viu obrigado a tornar-se judeu, por uma questão de sobrevivência e não por verdadeira convicção.

Ouvida e autuada a declaração do penitente, a primeira reação do inquisidor foi a de mandar saber se nos diversos tribunais (Lisboa, Coimbra e Évora) havia alguma denúncia contra António Pereira. Depois despachou:

— Que não saia desta cidade, nem da estalagem em que está e continuará a vir na sala desta inquisição todos os dias, de manhã, até se finda a sua causa.

Felizmente não havia qual-

quer culpa registada contra ele, pelo que o processo foi encerrado, com sentença ditada na Mesa do santo ofício em 26.9.1696, impondo abjuração e penitências espirituais.

 

Notas:

1 - Inq. Coimbra, pº 1646, de Duarte Fernandes.

2 - Idem, pº 6040, de Ana Pereira.

3 - Idem, pº 3193, de Francisco Soares Ramos; pº 3605, de Leonor Nunes.

4 - Tratando-se de um reino onde a religião oficial era o anglicanismo, não havia em Inglaterra capelas cristãs abertas ao público mas tão só a nas embaixadas de países católicos para serviço do pessoal da embaixada e seus convidados.

5 - Inquisição de Lisboa, pº 17718, de António Pereira d´Aça: — Depois de dito visconde e o seu capelão o examinarem e lhe declararem o que era obrigado a crer como católico romano, o levaram para a capela que tem nas suas casas, e diante do mesmo enviado, capelão e alguns criados seus, pondo-se ele confitente de joelhos, diante do altar da mesma capela, com uma vela na mão, acesa, estando o dito capelão de sobrepeliz, em pé, e pondo ele confitente as mãos sobre o missal, abjurou de seus heréticos erros e prometeu nunca mais se apartar da fé católica romana…

Menina e moça

“Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe...” escrevia Bernardim Ribeiro encarnando uma personagem feminina. Nessa altura era impensável que uma mulher, por mais talentosa, sapiente e interessante que fosse, pudesse escrever uma novela, um poema ou um texto. Esse direito não estaria, seguramente, na parte superior da lista dos direitos que as mulheres teriam de conquistar desde o século XVI. Sendo milenar a subjugação feminina, não me parece totalmente desadequado olhá-la nestes cinco séculos de humanismo em que a racionalidade e antropocentrismo conquistaram a nossa civilização. São gigantescos os passos dados pela humanidade. Os direitos das mulheres também evoluíram muitíssimo. Reconhecendo a grande evolução da condição feminina nos últimos cinco séculos, não é possível ignorar que, neste campo específico, se avançou mais nos últimos cinquenta anos do que nos quinhentos anteriores. O mais espantoso, contudo, passa por ser impossível deixar de reconhecer que, mesmo assim, há tanto caminho ainda para percorrer.

É ainda preciso que o mérito se sobreponha ao sexo, que os salários percam toda e qualquer conotação de género, que as chefias reflitam a realidade laboral (há atividades em que à esmagadora maioria feminina corresponde a superioridade flagrante de lideranças masculinas), que as quotas deixem de ser necessárias, que, enfim, desapareça, de facto, de jure e do próprio pensamento natural, toda e qualquer discriminação para com todas as mulheres, independentemente da sua condição, origem ou raça.

Mas é sobretudo urgente, imperioso e inadiável erradicar, de vez e para sempre, toda e qualquer violência sobre as mulheres, sejam esposas, namoradas, irmãs, familiares, amigas ou apenas conhecidas. É perfeitamente inaceitável, vergonhoso, incivilizado e desprezível que, em 2019, antes do final do mês de fevereiro já tenham perdido a vida, desde o início do ano, uma dezena de mulheres. Tão mais intolerável quanto sabemos ser esse facto a fina ponta de um icebergue da imensa violência que ainda se abate sobre as mulheres.

Obviamente que, havendo necessidade de melhorar o edifício legislativo, melhorar a atuação das autoridades e sistemas de apoio, mudar e afastar dos centros de decisão poderes masculinos e misóginos, interditar juízes preconceituosos e trogloditas, tal não basta. Esse é já o patamar mínimo da decência. A contemporaneidade, a civilização, o humanismo do século XXI, impõe muito mais. É necessário revolucionar mentalidades, extorquir toda a raiz da discriminação, educar para a igualdade real e natural. É uma tarefa comum e partilhada em que a condenação do atual status quo, sendo obviamente essencial, é pouco, é insuficiente. É uma tarefa de todos sem qualquer exceção a começar por cada um de nós, porque nesta história há poucos inocentes. A cada palavra que escrevo vejo um dedo acusador na minha direção, mesmo que nunca tenha maltratado fisicamente nenhuma mulher, condene, sem qualquer rebuço toda a violência doméstica, reprove nauseado acórdãos abjetamente sexistas e marialvas, ainda pactuo com realidades machistas, com anedotas que “perderiam toda a graça” se os protagonistas fossem do sexo oposto e não saio para a rua a gritar a plenos pulmões que esta é uma realidade que me envergonha e que urge mudar.

Haverá quem ache que, tal como noutras matérias em que é preciso uma revolução civilizacional, que é precisa uma nova geração para solucionar este grave problema. Errado! As mulheres que a exigem não têm mais nenhuma geração para viver! Algumas delas, infelizmente, já não têm geração nenhuma! Lamentavelmente ainda hoje é necessário escrever por outrem “Menina e moça me levaram de casa de minha mãe... Muito contente fui em aquela terra, mas, coitada de mim, que em breve espaço se mudou tudo aquilo... vi tantas coisas trocadas por outras, e o prazer feito mágoa maior”

No renascimento as novelas no feminino eram escritas por homens pois só eles tinham acesso às ferramentas materiais e intelectuais que a elas estavam vedadas. No século vinte e um, algumas “novelas femininas” podendo adquirir forma literária por qualquer autor, homem ou mulher, mas continuam a necessitar de ser contadas por outra pessoa porque a protagonista já não a pode contar! No século XXI o que se impõe é que essas novelas deixem de ser escritas, por representarem realidades passadas e irrepetíveis.

 

O ilusório projecto do Vale do Tua

O empreendimento hidroeléctrico da foz do Tua não foi projectado para servir as populações e a região mas para que uma poderosa companhia privada dele pudesse retirar o máximo proveito.

Não é de estranhar, portanto, que decorrida mais de uma década desde que a mítica linha de comboio foi desativada, o projecto marginal de desenvolvimento do vale do Tua, que os políticos penduraram na barragem, continue a marcar passo. Isto significa que estamos perante um reiterado fracasso, por mais que os poderes envolvidos tentem fazer crer o contrário.

As derradeiras esperanças empurram-nas agora para a Mystic Tua, a novíssima empresa do conhecido empresário Mário Ferreira que se propõe trazer milhares de turistas qualificados e salvar tão peregrino projecto.

Não admira, portanto, que em vésperas de eleições europeias, Pedro Marques, ministro do Planeamento e cabeça de lista do partido no poder já em pré-campanha eleitoral, tenha vindo a Vila Flor e Mirandela abrilhantar a assinatura dos papéis relativos a tão vistoso empreendimento.

É de prever que, lá mais para o Verão, agora já em vésperas de eleições legislativas, o primeiro-ministro, ou alguém por ele, também venha a Mirandela cortar a fita do primeiro comboio turístico que alegremente assobiará melodias aos eleitores.

Mais uma vez, acenando agora com milhares de turistas que poderão vir, ou não, de barco, de comboio, de autocarro, por terra, por mar ou pelo ar para animar hotéis, empresas e mercados inexistentes, se tentará esconder que o desenvolvimento de toda a região transmontana continua a ser um fiasco intencional.

Todos desejamos que, o mais breve possível, se conclua que são necessários mais barcos rabelo a navegar na albufeira, mais carruagens a corrupiar na linha e não apenas nos meses de Verão e que uma onda de progresso irradie de Mirandela para todo o Trás-os-Montes.

Até ver, porém, a barragem da foz do Tua não passa de um espinho cravado na garganta dos ambientalistas que, impotentes, viram as suas mais justas reclamações inexoravelmente afogadas no vale que, na sua pureza virginal, possuía por certo, potencialidades geomorfológicas, biológicas, agrícolas, ambientais e turísticas tão ou mais valiosas do que aquelas que agora prometem.

Mais grave, contudo, será se as populações ribeirinhas que já viram os seus habitats ancestrais cerceados e desvirtuados e a suas economias familiares prejudicadas continuarem a ser desrespeitadas o que porá em causa a competência e a utilidade da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua e das instituições públicas e privadas responsáveis por tamanho imbróglio e que são mais de dez.

Ainda assim, o pior do projecto em apreço está no desastroso condicionamento que provoca ao tão sonhado aproveitamento global e integrado das águas e campos, não só do vale do Tua, mas de toda a sua vasta e fértil bacia hidrográfica, considerando os afluentes Tuela e Rabaçal e inúmeros tributários menores, que constituem a coluna vertebral da chamada Terra Quente.

De palpável, até ver, apenas há papeis assinados e um comboio que faz que anda mas não anda.

E, já agora, um emblemático edifício arruinado, bem no coração de Mirandela, à espera dos turistas que, ao que parece, só eles o poderão salvar do colapso.

 

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

Datas de validade. Sabe a diferença?

“CONSUMIR ATÉ”

O que significa?

Indica a data até à qual o produto deve ser consumido.

É aplicável a quê?

Produtos perecíveis, nomeadamente carne fresca, iogurtes, queijo fresco, saladas, sandes e refeições prontas.

Até quando devem ser consumidos os produtos?

Até à data indicada.

Qual o formato da indicação desta data?

Dia, mês e, eventualmente, ano.

“CONSUMIR DE PREFERÊNCIA ANTES DE”

O que significa?

Data indicativa até à qual o alimento conserva as suas propriedades específicas.

É aplicável a quê?

Recebemos a visita da “gente grande” no dia Mundial da Rádio

Ter, 19/02/2019 - 10:09


Como vai a gente boa e amiga?

Embora as temperaturas máximas dos últimos dias tenham sido elevadas para esta época, são muitos os tios que nos dizem que continuam a trabalhar nas fábricas de transformação de madeira em cinza. A nível agrícola já se plantam as batatas do cedo, embora alguns digam que, mesmo do cedo, ainda não está na altura. O tio João dos Santos, de Torre de Dona Chama, já as plantou e o tio Zé Carlos Pinto, de Tabuaço, diz que as suas batatas já estão de terra cobertas. O tio Sampaio, de Água Revés (Valpaços), disse-nos que já anda na espoldra (poda da vinhas).

Pioneiros e Mogadouro são os finalistas da Taça Distrital de Futsal de Juniores

Sáb, 16/02/2019 - 19:09


Os brigantinos venceram, este sábado, o Alfandeguense por 10-4 no segundo jogo das meias-finais, depois do empate a três bolas na primeira mão da eliminatória.

Marquinho (3’, 7’, 15’, 25’), Filipe (4’, 26’, 34’), Edgar (30’), Miguel (35’) e Pimpo (38’) marcaram para os Pioneiros.