Ter, 06/09/2005 - 15:10
A apresentação da candidatura decorreu na passada sexta-feira, altura em que o cabeça de lista apontou baterias à gestão de Jorge Nunes na Câmara Municipal de Bragança. “Dizem que o presidente da Câmara é sportinguista, mas as obras de betão no Largo do Toural e no Jardim Prof. Domingos Rodrigues fazem crer que ele não gosta de verde”, ironizou o candidato.
Armindo Lopes recorda que os largos começaram a ser projectados quando o PS ainda era poder na Junta de Freguesia e garante que previam a criação de zonas arborizadas.
“Não sei se foi opção do arquitecto ou da Câmara Municipal, mas sei que, em áreas tão grandes, não se compreende que haja tão poucas árvores e tanto paralelo”, lamenta o cabeça de lista.
Saneamento não funciona
Outra das críticas prende-se com o tratamento de esgotos na vila. “O saneamento não funciona em Izeda. Os esgotos saem da que dizem ser Estação de Tratamento e são lançados para a ribeira quase como entraram”, denuncia Armindo Lopes.
A situação resulta em maus cheiros que, segundo o candidato rosa, atinge a população de Gralhós e, mesmo, quem passa na estrada que vai para Mogadouro.
Relativamente ao abastecimento de água, Armindo Lopes alega que os problemas de Izeda só ficarão resolvidos se for construída a barragem de Serapicos. “É essencial para Izeda e para diversas aldeias vizinhas do concelho de Bragança e Macedo de Cavaleiros. A captação a partir do Azibo serve os interesses da empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas não os nossos”, alega o cabeça de lista.
Em matéria de propostas, a lista do PS pretende reactivar a feira anual de 8 de Dezembro. “As pessoas mais velhas recordam-se dessa feira, que marcava a apanha da azeitona, logo a seguir ao feriado de 8 de Dezembro”, sublinha Armindo Lopes, acrescentando que “era com os negócios feitos nessa feira que se iniciava a nova campanha da azeitona”.
O candidato recorda que a vila tem de tirar partido da actividade agrícola, alegando que Izeda possui a segunda maior mancha de olival da região. “É esta a nossa tradição e não podemos ficar pelos jardins e passeios. Penso que precisamos de apostar em projectos para que os jovens possam continuar a viver em Izeda”, sustenta Armindo Lopes.