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Só faltaram os golos

Ter, 18/10/2005 - 15:42


Jogo mais lutado que jogado, com ambas as equipas preocupadas em não cometer erros, para depois partir para o ataque organizado e apoiado, de pé para pé por parte dos locais, e mais directo por parte dos forasteiros.

Ficaram, desde muito cedo, clarificadas as intenções e as estratégias das duas equipas, com os locais a pretenderem colaborar com o espectáculo na procura da vitória, e os forasteiros a pretenderem não dar espaços nem linhas de passe, para garantir a divisão de pontos e, se possível, espreitar a vitória em contra ataque rápido.
E a verdade é que ambas as equipas podiam ter vencido o prélio. Os locais, por variadíssimas vezes, a ficarem-se no limiar do golo por uma actuação soberba de Zé Luís, bem apoiado por Karones e Zé Maria, ou pelo remate ao lado e por cima. Os forasteiros, que tiveram alguns ensejos de testar a atenção de Menezes, no período de descontos, tiveram uma bola no poste aos 91’ e um pontapé para a vinha de Roland, quando tinha tudo para entrar pela área de Menezes, isolado ou, fazer uma assistência de morte para Néné ou Marco Brandão.
Dois lances polémicos ficam para que se fale deste derby por muitos anos. Um derrube de Karones a Luizinho aos 21’, quando este tinha fortes
possibilidades de rematar com êxito ao golo, e um puxão de camisola de Roland a Didácio. Ambos os lances eram passíveis de punição técnica com castigo máximo e disciplinar com a respectiva cartolina. Fica, contudo, salvaguardada a acção dos árbitros, já que em ambos os casos, a posição do árbitro principal e a forte concentração de atletas no campo de visão do assistente lhes não permitia ver os lances, apesar da sua evidência.
Quanto à justiça do resultado, acaba por se aceitar como o resultado mais justo, derivado ao que aconteceu dentro das quatro linhas, pois privilegia a abnegação dos forasteiros, conscientes do valor e poderio adversário. Os vinhaenses prepararam o jogo ao pormenor, contrariando as intenções do seu adversário ao anular as suas pedras fundamentais, pese embora castigue os locais, que jogaram em favor do espectáculo e têm uma melhor organização e filosofia de jogo.
Quanto ao trabalho do trio de arbitragem, uma exibição ao nível daquilo que nos habituou Gil Afonso, pelo que não merecia os lances já citados e o escasso tempo de descontos, o que empalidece uma exibição de luxo e reduz na classificação. Todavia, há que reconhecer a dificuldade do jogo e a forte pressão exercida sobre o derby.

Jogo no Estádio de S. Sebastião, em Mirandela, muito público, tarde agradável de sol e relvado a precisar de melhor tratamento

Equipa de arbitragem da A.F. Bragança: Gil Afonso, Ruben Canhota, Jorge Cavaleiro – classificação de 0 a 10 – 8

Mirandela 4x2x4
Menezes-5, Fábio Pinto (sub-cap) ( Cerejo-4 int), Pinto-5, Luís-4, Didácio-5, Sanny-6, Veiga-4 (Luís Moreno-5 70’), Rui Lopes-5 (cap), Eduardo-4, Luisinho-6, Hugo Costa-5
Não utilizados: Paulo Cunha, Loureiro, Bernardino, Jorge,. Ivo
Disciplina: C. A. a Hugo Costa 6’, Menezes 56’, Luís Moreno 74’, Sanny 91’
Melor em campo: Sanny / Luizinho
Técnico: Carlos Correia

Vinhais 4x3x2x1
Zé Luís-6, Manel-4, Zé Maria-5, Karones-6 (Pick-4 80’), Daniel-4, Guilherme-4, Márcio-4 (Abilio-4 80’), Miguel-5 (cap) (Jorge Reis-4 69’), Néné-6 (sub-cap), Marco Brandão-5, Roland-4
Não utilizados: Armando, Perdro, Ângelo, Antero
Disciplina: C. A. a Guilherme 6’, Karones 24’, Márcio 47’. Roland 62’, Néné 78’, Pick 82’, Zé Luis 90’, Zé Maria 92’, Marco Brandão 94’
Melhor em Campo: Karones / Néné
Técnico: Óscar Guerra

Marcha do marcador: 0-0