Ter, 25/10/2005 - 14:45
Esta é a convicção dos representantes da Associação de Estudantes daquela escola, que consideram “muito más” as condições em que decorrem as aulas.
Recorde-se que as salas foram adaptadas em três edifícios cedidos pela autarquia local, que ficam distantes uns dos outros.
Este ano, o número de alunos a ingressar na ESTIGM voltou a diminuir em relação ao ano anterior. Das 310 vagas que a instituição abriu, foram preenchidas, apenas, 129 na primeira fase.
O curso de Solicitadoria foi o único que preencheu todos os lugares na primeira fase. Já a licenciatura de Turismo, um curso reformulado, contou, apenas, com quatro candidatos.
Os cursos de Marketing e Multimédia foram as novidades deste ano, mas o número de alunos interessados ficou abaixo das expectativas da ESTIGM.
A Associação de Estudantes aponta o dedo aos sucessivos representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que têm vindo a prometer verbas para a construção de um edifício novo mas, até ao momento, ainda não disponibilizaram qualquer quantia para arrancar com a empreitada.
Sem verba no PIDDAC
No ano passado, a então ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria Graça Carvalho, prometeu disponibilizar uma verba para o início das obras, mas o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2005 não contemplou qualquer investimento. O mesmo acontece no PIDDAC para 2006, que volta a deixar à margem a Escola Superior mirandelense.
O presidente da Associação de Estudantes da ESTIGM, Marco Mendonça, realça que as novas instalações fazem parte de uma luta iniciada em 1999, que os estudantes vão continuar a travar.
Mas, enquanto não houver um edifício de raiz, os alunos têm que se deslocar entre três pólos para poderem assistir às aulas. “Temos um pólo em cada canto da cidade. O edifício principal está junto ao Centro Cultural, depois temos salas de aula espalhadas pelo antigo edifício da Portugal Telecom e numas salas situadas ao lado das arrecadações da Câmara”, lamenta o presidente da associação.
Instalações exíguas
Acresce que as instalações também começam a ser exíguas para o número de alunos que frequentam os cursos da ESTIGM. “Somos cerca de mil estudantes e as salas de aula, para além de não serem apropriadas, também começam a ser insuficientes para receber os alunos”, salienta Marco Mendonça.
No terreno onde se prevê a construção das novas instalações da ESTIGM, ao lado da cantina, encontra-se uma faixa de plástico a anunciar as obras. Foi colocado pouco depois de Maria da Graça Carvalho ter prometido o investimento e já se encontra em avançado estado de degradação.