Escola contesta DECO

Segundo António Santos, a Escola de Miranda do Douro teve a coragem de responder ao inquérito da DECO, “pois no país existem cerca de 2500 escolas e só 200 é que responderam”.
Aliás, o grande objectivo da ESMD, ao participar no estudo da DECO “era melhorar os serviços que são prestados à comunidade estudantil”. Daí que a escola mirandesa tenha sido a única do distrito de Bragança a responder às questões que, posteriormente, foram publicadas na revista Proteste.
António Santos, por outro lado, questiona a forma como os nutricionistas analisaram as ementas da escola. “Os nutricionistas acham que pessoas podem comer todas da mesma forma, mas um trasmontano não pode ter uma alimentação igual às pessoas do litoral” sublinhou o docente, em declarações ao Jornal NORDESTE.
Quanto à prevalência da carne sobre o peixe, igualmente detectada pela DECO, o responsável tem outra visão da ementa. “Tem de ser assim até porque a carne que é servida é da região e de qualidade, enquanto o peixe tem de vir de longe”.
O exagero nos fritos, por seu turno, é assumido pela direcção da escola de Miranda do Douro, como forma de satisfazer o apetite dos alunos. “São os alunos que pedem e, se não for assim, optam por comer em pastelarias ou snacks fora da escola, abusando dos hambúrgueres e cachorros”, alega António Santos.
Tendo em conta que o estudo da Proteste começou a ser feito há um ano, as ementas da ESMD já sofreram alguns acertos. Por isso, o responsável desafia a DECO a realizar uma novo estudo, para que as melhorias introduzidas também possam vir a público.