Brincar na água em segurança

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O afogamento acontece em muito pouca água, é rápido e silencioso. Pode acontecer quando menos se espera e a qualquer família. No Olho Clínico deixamos-lhe alguns conselhos para que as crianças possam brincar na água em segurança.

“A Morte por afogamento é rápida e silenciosa” é o mote da campanha de prevenção lançada este ano pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI). Todos os anos morrem nove crianças na sequência de um afogamento, alerta esta associação. Estar atento e vigilante é, por isso, a melhor forma de prevenir que a tragédia aconteça.
Recomendações para garantir a segurança das crianças enquanto brincam na água:
• Perto de água não perca as crianças de vista nem por um segundo. Redobre a vigilância com as crianças mais novas ou com necessidades especiais;
• Nunca deixe uma criança com menos de 3 anos sozinha na banheira durante o banho;
• Despeje toda a água de baldes, alguidares e banheiras, logo após a utilização;
• Dificulte o acesso das crianças aos locais com água: vede as piscinas e tanques e cubra poços; • Escolha praias e piscinas vigiadas e cumpra a sinalização;
• Coloque sempre colete salva-vidas às crianças em águas agitadas, turvas ou profundas;
• Coloque sempre braçadeiras às crianças em águas paradas, transparentes e pouco profundas;
• Aprenda a fazer reanimação cardio-respiratória. Esse gesto pode salvar uma vida;
• Ensine as crianças a nadar mas mantenha uma vigilância próxima;
• Ensine a criança a não mergulhar em pontões ou em zonas que não conheça a profundidade da água ou se existem rochas submersas ou desníveis;
• Ensine as crianças a nunca irem nadar sozinhas e a manterem-se perto das margens. E já agora, durante o verão, não se esqueça de aplicar um protetor solar às crianças antes de sair de casa e repô-lo várias vezes ao dia.
Auxiliares de Flutuação
A utilização de auxiliares de flutuação adequados e bem colocados - braçadeiras ou coletes salva-vidas - quando as crianças estão a brincar na água ou perto dela, a nadar, a andar de barco ou a praticar desportos náuticos é essencial caso a criança caia à água, se sinta cansada ou fique em dificuldades. Apesar de não substituírem a vigilância em nenhuma circunstância, a sua utilização pode fazer a diferença entre a vida e a morte. É por isso essencial que estes equipamentos de proteção possuam determinadas características e que sejam corretamente utilizados. Existem muitos produtos no mercado, que não sendo equipamentos de segurança, se confundem facilmente com auxiliares de flutuação. É essencial que faça uma boa escolha.
Braçadeiras
• Devem ser adequadas ao peso da criança e cumprir as normas de segurança respetivas;
• Se forem insufláveis, possuir duas câmaras-de-ar independentes, de preferência em forma de anel à volta do braço;
• Serem de cores garridas;
• Em cada colocação, acabe de enchê-las já no braço para que fiquem bem ajustadas e para que a criança não as consiga retirar facilmente. Podem ser utilizadas quando a criança está a nadar em águas translúcidas, calmas e pouco profundas e devem ser colocadas mesmo quando a criança está a brincar perto da piscina (pode escorregar e cair).
Coletes salva-vidas
• Devem ser adequados ao tamanho e peso da criança e estar de acordo com as normas de segurança respetivas;
• Não podem ser insufláveis;
• Devem ser usados por todas as crianças e adolescentes, independentemente da sua idade, na prática de desportos aquáticos ou passeios de barco.
As boias e colchões insufláveis não são equipamentos de proteção. São brinquedos que podem tornar-se muito perigosos: viram-se facilmente e podem ser arrastados com o vento ou ondulação.
E lembre-se que nenhuma medida de proteção de afogamentos é 100% eficaz. As braçadeiras e coletes salva-vidas não substituem outras medidas complementares de segurança, nomeadamente a vigilância ativa e permanente dos adultos, a colocação de uma barreira física que atrase o acesso da criança à água e o conhecimento de técnicas de reanimação.
Em caso de afogamento, ligue 112.