Ter, 08/03/2022 - 13:14
Está a decorrer, até daqui a uma semana, o Festival dos Sabores Mirandeses. Os produtos mais genuínos do Planalto Mirandês estão em destaque até ao dia 14 deste mês. O festival decorria presencialmente em Miranda do Douro, nos Jardins dos Frades Trinos, mas este ano ainda se está a fazer pela internet, tendo começado já no dia 14 do mês passado, Fevereiro. Tal como no ano passado e pela segunda vez consecutiva, o festival não reuniu as condições necessárias para poder decorrer normalmente, como antes se conhecia, por culpa da pandemia que ainda se vive. Assim, à semelhança de 2021, o evento, ao invês de durar apenas um fim-de-semana, decorre ao longo de um mês. Com o festival à distância de um clique, algumas iniciativas a ele associadas ficam perdidas mas não se perdem, pelo menos, as vendas. E para as fazer render é que se deixa o festival prolongar um mês. Na plataforma “Mercado de Sabores e Saberes” estão reunidas as riquezas do sabor e saber tradicionias. “A esta iniciativa aderiram cinco comerciantes, 14 produtores e 12 artesãos. Nesta venda on-line estão representados todos os produtos da terra”, esclareceu a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril. Esta é já a 23ª edição do Festival de Sabores Mirandeses. A câmara, também como já aconteceu também no ano passado, está a suportar os custos de envio das encomendas registadas através da plataforma de comércio on-line. “A câmara comprometeu-se a pagar os portes em encomendas acima de 15 euros”, explicou a autarca de Miranda, que vincou que esta “é uma iniciativa que está a ter uma procura muito grande”, sobretudo pelo facto de se ter “apostado” nesta questão dos portes gratuitos. “Está a criar uma dinâmica muito interessante”, afirmou ainda Helena Barril. A plataforma está disponível em mercadosaboresesaberesmirandeses.pt, sendo que nela é possível adquirir vários doces, nomeadamente a bola doce e a de canela, dormidos, económicos, rosquilhas, cavacas e soldos; enchidos, entre eles o butelo e a butela, a churiça e o salpicão, vários licores, ginginha e aguardente, diversos frutos secos, assim como vinho, mel, queijo e azeite. Artesanato também não falta. A madeira serve de inspiração à construção de várias peças como máscaras, facas, canivetes, mesas e canetas. Há ainda múltiplas peças em borel, tanto capas como carteiras. Este festival, prestes a terminar, ainda não decorreu dentro daquilo que era o normal mas Miranda não tarda em realizar feiras e certames como noutros tempos. A presidente da câmara avançou que a Festa da Bola Doce, que decorre, anualmente, na altura da Páscoa, este ano estará de regresso. “Vamos apostar nesta feira, na semana da Páscoa, sendo esta uma maneira de dinamizar, de forma presencial, o comércio e tudo que está associado à produção e artesanto. Temos tudo tratado, a menos que, no último momento, tenhamos que fazer o caminho inverso”, esclareceu Helena Barril.