Ter, 25/11/2025 - 10:56
4191 idosos vivem sozinhos, isolados ou em situação de vulnerabilidade em Bragança, segundo dados da GNR, que, entre 1 de outubro e 16 de novembro esteve no terreno com a operação Censos Sénior.
Bragança é o terceiro distrito com mais pessoas nesta situação. São mais 824 em relação ao ano passado, em que a GNR contabilizou 3367 pessoas nestas condições. Em 2024 Bragança era o quarto distrito com maior número de idosos isolados, sozinhos ou em situação de vulnerabilidade. Este ano em que Bragança passou a ocupar a terceira posição, está apenas atrás dos distritos da Guarda, com 5 852 pessoas sinalizadas, e de Vila Real, com 5 167. “A Guarda Nacional Republicana, na teoria não será, mas na prática é a instituição que, fruto das suas características, consegue chegar mais próximo deste tipo de comunidade”, esclareceu o Major Hernâni Martins, do comando territorial de Bragança, apontando que o número, que cresceu, pode estar relacionado com uma maior capacidade de chegar a mais gente.
A operação Censos Sénior acontece desde 2011 e, como já vem sendo hábito, a Guarda Nacional Republicana reforça, nesta altura, a proximidade com a população mais idosa, de forma a que estes adotem comportamentos de autoproteção que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla e furto. “O nosso patrulhamento, durante este tipo de período de esforço desta operação, está muito dirigido à comunidade e fazemos um esforço, uma intensificação dos nossos militares, para perceber, efetivamente, a situação em que estão os idosos das nossas aldeias. Faz-se uma atualização destes dados, percebendo, por exemplo, se determinado idoso que até já estava sinalizado passou a viver em condições diferentes ou então até foi institucionalizado”, esclareceu ainda Hernâni Martins.
Este ano, a GNR, em todo o país, realizou um conjunto de ações em sala e de ações porta-a-porta, abrangendo um total de 35 143 idosos e contabilizou 43 074 pessoas que vivem sozinhas, isoladas ou em situação de vulnerabilidade.
Segundo esclareceu, em comunicado, a GNR, desde 2011, ano em que foi realizada a primeira edição da operação, “a Guarda tem vindo a atualizar a sinalização geográfica, proporcionando assim um apoio mais próximo à nossa população idosa, o que certamente contribui, por um lado, para a criação de um clima de maior confiança e de empatia entre os idosos e os militares da GNR e, por outro, para o aumento do seu sentimento de segurança”. “O sentimento de segurança das pessoas aumenta por vários motivos, um dos quais é a presença natural policial, patrulhamento preventivo, interação, diálogo entre os nossos elementos. Há aqui relações que se vão construindo, relações em comunidade, em que as pessoas acabam por ver nos militares as pessoas que os visitam, que os apoiam e até que sinalizam junto de entidades sociais, nomeadamente se estas pessoas precisarem de mais apoio a nível da alimentação ou até de saúde”, clarificou o major de Bragança.
O distrito do Porto é aquele em que menos idosos foram sinalizados. São, no total, 854.



