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Arco de Santo António evitaria várias mortes em acidentes de tractor mas não é usado porque “estorva” em alguns trabalhos agrícolas

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Ter, 14/05/2024 - 10:42


No distrito de Bragança, no espaço de um mês, morreram cinco homens em acidentes de tractor

Na maioria dos acidentes com tractores, as máquinas agrícolas capotam. Foram também dois capotamentos, segundo o que se conseguiu perceber, que mataram mais dois homens, na semana passada, no concelho de Bragança, fazendo subir para cinco o número de mortos em acidentes com tractores agrícolas, no distrito.

 

Sistema hidráulico evita capotamento de tractor

A fim de evitar que haja o capotamento do veículo, e consequentemente uma possível morte, foi criado um sistema, que se adapta ao tractor, que se activa quando a máquina atinge 20% de inclinação lateral. A ideia foi de Fernando Santos, professor e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Depois, o projecto foi desenvolvido entre este e a empresa Jopauto, sediada em São João da Pesqueira.

Este projecto foi pensado tendo em conta os terrenos que há na Região Demarcada do Douro, onde se pratica uma viticultura de montanha, com declives muito acentuados. Ou seja, foi pensado para tractores “vinhateiros”, que são “relativamente estreitos”. “No caso das vinhas ao alto, de encosta, a parte de entrada e saída das linhas é instável e, por isso, quando o tractor atinge um declive de 20%, o sistema estende um braço com uma roda e não deixa capotar”, esclareceu Fernando Santos.

 

“Pensei que ia morrer”

António Martins teve um acidente, em 2018, na aldeia de onde é natural, Mós de Celas, no concelho de Vinhais, e à qual se deslocava praticamente todos os dias, parte deles para realizar trabalhos agrícolas com tractores. Hoje, com 66 anos, admite que acreditou plenamente que ia morrer e tem consciência de que se estivesse a fazer uso do Arco de Santo António não lhe tinha acontecido “nada”. “Há muito excesso de confiança. A culpa não é dos tractores, é das pessoas, nós é que abusamos”, vincou, dizendo que o facto de ter que se ter habilitação para operar as máquinas e se frequentar várias formações não chega. “Os acidentes e mortes continuam a acontecer porque as pessoas abusam. Acho que só se toma consciência quando nos acontece a nós ou a alguém muito próximo”, assumiu.

 

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Jornalista: 
Carina Alves