Qua, 29/04/2020 - 13:01
Num trabalho coordenado pelo Instituto Politécnico de Bragança e suportado financeiramente pelas câmaras municipais, estão previstas quase 400 largadas. É em Bragança que o número mais cresceu do ano passado para este ano, de 26 passou para 150. Em Macedo foram em 2019 realizadas 12 largadas e este ano estão previstas 53. Estima-se que no próximo ano os números continuem a aumentar. “Foi feita prospecção a todos os soutos nas freguesias e foram encontrados 400 focos de vespa. Cerca de 200 têm uma intensidade muito baixa ainda, mas no próximo ano já deverão receber o parasitoide”, garantiu Albino Bento, docente do IPB e coordenador no território do distrito da luta biológica contra a vespa das galhas dos castanheiros. Nos locais onde se realizaram largadas, as taxas de implementação do parasitoide são boas. “As taxas de presença são relativamente elevadas e as taxas no ano a seguir à largada também estão em linha com o que acontece lá fora”, explica, mas, diz, “há um ligeiro desfasamento da emergência do parasitoide nos anos a seguir às largadas e a presença da vespa, porque tem vindo Janeiro e Fevereiro relativamente quente e o parasitóide acaba por emergir relativamente cedo e depois o tempo arrefece e as galhas aparecem um pouco mais tarde e há uma parte da população do parasitoide que acaba por morrer antes de fazer postura nenhuma, o que pode vir a condicionar o sucesso dele no futuro”. O processo já se iniciou nos soutos dos três municípios do distrito que este ano voltam a receber largadas. Em outros concelhos, como Vimioso e Mogadouro, apareceram o ano passado alguns focos, mas em castanheiros novos, o que se resolveu com o corte das galhas, não sendo para já necessário recorrer à luta biológica.