Canil intermunicipal da Terra Quente com capacidade de receber o dobro dos animais

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Ter, 17/08/2021 - 12:11


Espaço pode agora acolher cerca de 200 animais

Acabam de ser concluídas as obras de requalificação no canil intermunicipal da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, que conferem àquele espaço uma capacidade muito maior para acolher animais abandonados.

O canil, situado em Urjais, no concelho de Mirandela, tinha, até agora, capa cidade para acolher pouco mais de cem animais, mas, com esta empreitada, está apto para receber perto do dobro, ou seja, cerca de 200. Apesar de a capacidade ter duplicado, o Secretário-Geral da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, Manuel Miranda, considera que ainda não será suficiente, dado que o abandono de animais continua a ser uma constante e a sua proliferação pelo concelho é uma realidade assumida. “É evidente que com a alteração da legislativa, (que pôs fim ao abate de cães e gatos), a sobrelotação do canil é grande. Apesar de termos já concluído as obras de ampliação, numa empreitada que decorreu durante algum tempo, dado a pandemia, não invalida que continuemos a ter alguns problemas de espaço”, assumiu o responsável.

O “Cantinho do Animal” - Centro de Recolha Oficial Intermunicipal de Animais de Companhia, gerido pela associação que integra os municípios de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor, tem insistido em campanhas de adopção, como forma de travar a questão, ajudando a que o espaço, aos poucos, tenha oportunidade de acolher outros animais que precisem de “casa”. O esforço, segundo Manuel Miranda, tem sido bastante, contudo, se no começo as campanhas resultaram, agora percebe-se que a adopção de animais tem estabilizado. “A nossa população tem vindo a diminuir e há cada vez menos gente a adoptar animais”, esclareceu o responsável, assumindo que não se consegue ultrapassar a barreira dos 15 a 20% de animais adoptados que ali entram.

A ampliação do canil custou 260 mil euros, mas não houve qualquer comparticipação europeia ou até mesmo do Governo central.

Jornalista: 
Carina Alves