Qua, 29/04/2020 - 13:40
O Governo quer que os alunos do Ensino Superior comecem a ter aulas presenciais a partir de Maio. Nesta altura o presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, disse já estar a ser definido um plano “detalhado” de retoma das actividades presenciais “essenciais”. “Tem que ser uma reabertura gradual e respeitando todos os cuidados”, começou por referir o presidente, que explicou também que até ao final do mês de Maio o ensino e a avaliação continuará a ser feita à distância, salvo raras excepções. Só em Junho, durante as primeiras três semanas, serão realizadas actividades presenciais práticas e laboratoriais, no âmbito das Artes, Desporto e Ensinos Clínicos. “Para aquelas actividades que têm que obrigatoriamente ser realizadas presencialmente estamos a fazer um planeamento de forma a garantir o afastamento social”, esclareceu Orlando Rodrigues. Quanto à avaliação final, em algumas cadeiras continuará a ser feita à distância, noutras será feita presencialmente, na época de exames estabelecida e que será alargada até ao final do mês Julho, para que “se possam fazer os exames como o distanciamento mínimo requerido”. Os alunos regressarão às aulas, mas serão tidas em conta medidas de segurança, como o uso de máscaras, desinfecção de superfícies e haverá um controlo de circulação de alunos dentro do politécnico, de modo a manter o distanciamento social, assim como dentro das salas de aula o número de alunos será reduzido. Adquirir equipamento de protecção individual é outra das batalhas, mas o presidente do politécnico de Bragança referiu que já estão a ser feitas negociações com empresas para que haja um fornecimento “massivo” a preços reduzidos. Orlando Rodrigues adiantou ainda que os alunos devem retomar o ensino presencial, mas sempre com os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde. “O ensino tem que continuar, as pessoas têm que se qualificar e sair para o mercado de trabalho. Não podemos atrasar a vida das pessoas. Nós temos que nos adaptar e aprender a lidar com esse risco”, salientou, concluindo que o surto irá durar alguns meses e, por isso, é necessário “encontrar formas de desenvolver as actividades, articulando isso com o risco e com estratégias para lidar com esse risco”.