Ter, 17/05/2005 - 17:03
Os homens de Ponte da Barca traziam a lição bem estudada para a contenção e para esperar um lance de sorte. A funcionalidade do futebol directo ou a bola parada para fazer o seu golo e depois remeterem-se a uma porfiada defesa que garantisse um prémio à sua atitude, foi a estratégia dos minhotos. E é sabido, toda a táctica é legítima quando dirigida a anular a superioridade adversária e, obviamente, ás vitórias.
É um facto que os locais dispuseram da grande fatia das poucas oportunidades do jogo, com Romeu a mostrar um grande coração competitivo e uma atitude muito digna, mas 32 jornadas a levar “cacete” sem poder recuperar das mazelas têm o seu efeito. Por outro lado, quando certos atletas têm um dia nada inspirado ou menos bom, o Mirandela ressente-se…
Os locais podem queixar-se de, aos 40’, Mota beneficiar do beneplácito arbitral de não ver o vermelho, e, aos 60’, Tony ser rasteirado na área de rigor, quando pretendia o golo, sem o castigo máximo ser assinalado.
Mesmo assim, muito pouco para uma equipa com os nomes que o Mirandela tem no conjunto e as expectativas que criou, já que as maiores referências do jogo acabaram por ser o técnico que tudo fez e o presidente do clube, que saiu do hospital para dar apoio à equipa…
Quanto ao trabalho do trio de juízes, que os dois erros já citados sublinham, tiveram um trabalho de fim de estação perante duas equipas tranquilas, na manutenção assegurada e descida garantida…
Jogo no Estádio de São Sebastião em Mirandela, bancadas mal servidas de público, tarde a ameaçar chuva, relvado em estado de excelência
Trio de Arbitragem da A. F. Braga: Ricardo Coimbra, Vítor ferreira, Manuel Fernandes – classificação de 0 a 10 – 6,5
Mirandela 4x3x3
Menezes-3, Bernardino-4, Cambey-3 (Américo-3 59’), Marco Fontoura-3 (Tony-4 int), Didácio-4, Rogério-3, Rui Borges-4, Hugo Costa-3, Fábio Pinto-4 (Clemente-3 70’), Rui Lopes-4 (Cap), Romeu-4
Não utilizados: Rui Parada, Loureiro, Luís
Disciplina: C.A. a Didácio 29’, Rui Lopes 85’
Melhor em campo: Presidente / Técnico
Técnico: Carlos Correia
Ponte Barca 4x1x2x3
Carvalhosa-5, Mota-6, Neiva-5, Zeca Tó-5, Timóteo-4 (Freitas-5 69’), Lipinho-6, Marco-5, João David-4 (Pedro Galvão-4 69’), Hugo-4 (Perry-5 60’), Henrique-5, Moisés-5
Disciplina: C.A. Carvalhosa 30’, Mota 40’, Hugo 45’, Perry 65’
Melhor em campo: Mota / Lipinho
Técnico: Alberto Soares
Marcha do marcador: 0-0 ao intervalo – 0-1 Neiva 83’ – resultado final 0-1