Ministra da Coesão diz que reivindicações dos transmontanos serão acomodadas no Plano Ferroviário Nacional

PUB.

Ter, 28/02/2023 - 10:37


A Ministra da Coesão Territorial está esperançosa de que serão ouvidas e atendidas as pretensões dos autarcas do distrito de Bragança, que reclamam que a ligação ferroviária a Espanha seja feita pela região

O Plano Ferroviário Nacional prevê a ligação Aveiro- -Viseu-Salamanca mas os autarcas consideram que seria mais vantajoso o que reivindicam: que o país se ligasse a Espanha, por via ferroviária, por Bragança. Além disso entendem que o plano para o distrito é pobre, uma vez que Bragança será o fim da linha. De passagem por Freixo de Espada à Cinta, no fim- -de-semana, n a Feira das Amendoeiras em Flor, Ana Abrunhosa disse que o secretário de Estado das Infraestruturas, que apresentou o plano, “ouviu as críticas” dos autarcas e “o que ficou combinado é que voltaria ao território para voltar a ouvir os autarcas”, sendo que não lhe parece “difícil” que as reivindicações, que “são legítimas”, “possam ser acomodadas num plano nacional que é um plano a vários anos” Sobre esta matéria deixou ainda assente que também entende que o comboio é um grande factor de desenvolvimento dos territórios, nomeadamente destes do Interior. “Também sou daquelas que considera que o termos encerrado ferrovia ou a falta dela foi um dos factores de abandono do território por parte de muitas pessoas”, vincou a ministra.

Novo modelo para as CCDR

As Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) foram reestruturadas, no âmbito do novo modelo de governação do Portugal 2030. O órgão directivo passa de três elementos para cinco. O presidente passa a ser eleito pelos autarcas e há quatro vice-presidentes. Em termos práticos, esta reestruturação, segundo Ana Abrunhosa, “vai ser factor de promoção e de desenvolvimento regional”. “Vai dar-se mais voz a todos a todos os territórios”, afiançou, dizendo que se farão todos os esforços para que o Conselho Regional, que “deixará de ser um órgão consultivo para ser um órgão político, com decisão”, passe a “integrar mais forças vivas dos territórios”, sendo que os membros não autárquicos poderão escolher um dos quatro vice-presidentes. As diferentes áreas e serviços trabalharão na mesma instituição e “o seu valor não desaparecerá pelo facto de estarem a trabalhar de forma concertada dentro da CCDR”. “Estamos a fazer isto para que a agricultura, a cultura, o ambiente, o ordenamento do território, o desenvolvimento regional, entre outros, tenham mais voz naquilo que é o planeamento do desenvolvimento regional e também na aplicação dos próprios fundos europeus”, terminou.

Jornalista: 
Carina Alves