Produtores de castanha alarmados com o rebusco que dizem ter-se transformado em roubo

PUB.

ESTA NOTÍCIA É EXCLUSIVA PARA ASSINANTES

 

Se já é Assinante, faça o seu Login

INFORMAÇÃO EXCLUSIVA, SEMPRE ACESSÍVEL

Qua, 09/12/2020 - 19:10


Situação arrasta-se há alguns anos mas neste, devido à pandemia, há vários produtores que ainda não acabaram a campanha e dizem-se ainda mais lesados

O tradicional rebusco, há muito enraizado nas aldeias, tem-se tornado uma verdadeira dor de cabeça para vários produtores de castanha do distrito. Um pouco por toda a região vão surgindo queixas, todas elas a apontar o mesmo. Quem sofre com a situação alega que cidadãos de leste se juntam, várias vezes em grupos de mais de dez pessoas, e entram soutos fora, sem permissão, para rebuscar e, em alguns casos, chegarão mesmo a apanhar a castanha que ainda não fora acabada de trazer do campo. O problema não é de hoje e, sobretudo, há meia dúzia de anos, tem alarmado quem investe no “petróleo transmontano”, fazendo com que o fim da campanha da castanha seja anualmente notícia pelas mesmas razões. Alcino Afonso, de Oleiros, é um dos produtores de castanha, do concelho de Bragança, que já não sabe o que fazer. Este ano, segundo conta, já lhe terão apanhado castanhas de dois soutos, nos quais ainda não dera por terminada a campanha. “Este ano está-se a passar o mesmo que noutros mas de forma acentuada. Eu nem tenho palavras”, assinalou o produtor, que falou ao Nordeste após ter andado às castanhas “até escurecer”, com “um frio desgraçado”, para, segundo o próprio, evitar que lhe roubem mais. Carlos Rodrigues, de Soutelo, também é um dos produtores de castanhas que se diz lesado.

Jornalista: 
Carina Alves