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Caroços de cereja em almofadas terapêuticas

Ter, 08/06/2010 - 10:16


O caroço da cereja de Alfândega da Fé está a ser aproveitado para a confecção de almofadas com fins te­ra­pêuticos. Na micro-empresa de com­potas, a funcionar na Empresa Municipal de Desenvolvimento de Alfândega da Fé (EDEAF), estão a ser aproveitados os caroços e os pés da cereja.

Há cerca de dois meses, Ivanete Escobar dá forma a almofadas terapêuticas, que são enchidas com caroços de cereja, depois de lavados e secos. Os benefícios terapêuticos são aliados à estética deste produto, que é feito à base de tecido de algodão, com uma capa em linho trabalhada. “A almofada é colocada no micro-ondas à temperatura máxima, durante dois minutos, e faz um aquecimento como se fosse um saco de água quente. É bom, por exemplo, para dores nas articulações. Para as inflamações coloca-se a almofada no congelador e usa-se em frio”, explica Ivanete Escobar.
Também a gerente da Alfadoce, Libânia Rosa, enaltece o aproveitamento de todos os componentes da cereja. “A polpa é utilizada para fazermos a compota e o doce, o pé é seco e aproveitado para fazer chá, que é dietético e diurético, enquanto o caroço é usado para fazer o enchimento das almofadas”, enaltece a responsável.
As almofadas e o chá vão estar à venda na Feira da Cereja de Alfândega da Fé, que decorre de 10 a 13 de Junho, onde a cereja é rainha.
Este ano, a autarquia local prevê gastar cerca de 60 mil euros no certame, que quer que se assuma como um impulso para a promoção da cereja de Alfândega da Fé. A principal novidade é a criação de uma identidade para este produto, através de um painel de provadores, que vão definir as principais características do fruto colhido nos pomares alfandeguenses. “O que se pretende é criar a marca da cereja de Alfândega”, reforça a presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Berta Nunes.
Nesta linha, também vai ser constituída a Confraria da Cereja e criada uma rede de produtores. “A ideia é aprendermos uns com os outros as melhores práticas de produção e de comercialização”, enaltece a edil.
Recorde-se que o grosso da cereja produzida em Alfândega é comercializada em fresco, apesar da Alfadoce estar a criar produtos alternativos que são vendidos em lojas gourmet. O próximo passo, passa pela inclusão deste fruto na gastronomia, tanto nas entradas, como em pratos de peixe ou carne e sobremesas. “A inclusão da cereja na gastronomia vai abrir novas portas, mas ainda temos que fazer algum marketing com a nossa cereja”, admite Berta Nunes.

Confraria da Cereja e criação de rede de produtores para impulsionar a produção e comercialização deste fruto

A Feira da Cereja, que se pretende que seja uma festa à moda antiga, visto que as colheitas eram encaradas pela população do Mundo Rural como motivo de festa, vai contar com a participação de cerca de 70 expositores, que vão aliar a cereja a outros produtos locais e ao artesanato.