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As mulheres escolhidas por Graça Morais

Ter, 16/12/2008 - 12:07


As mulheres do Mundo Rural foram as escolhidas pela pintora transmontana Graça Morais para elaborar uma série de desenhos que retrata os rostos femininos do Vieiro, no concelho de Vila Flor.

“As Escolhidas”, datadas de 1994, são pinturas sépia sobre papel, que vão renovar a colecção de Graça Morais exposta no Centro de Arte Contemporânea, em Bragança, até ao final de Fevereiro de 2009.
Nestes quadros, a artista presta uma homenagem às mulheres do Mundo Rural. “Conheço-as desde criança e tenho por elas uma grande amizade e uma grande admiração pela rudeza da vida que sempre levaram e pela coragem que têm tido a enfrentar as dificuldades”, realça Graça Morais.
Estas mulheres sem nome fazem parte de uma série de pinturas que a artista guardou ao longo da sua carreira e que agora decidiu oferecer ao Centro de Arte baptizado com o nome da pintora transmontana.
“São cerca de 12 desenhos que considero um marco importante na minha pintura e aqui penso que estão bem guardados”, desvendou Graça Morais.
Depois de terem percorrido o País e de passarem por algumas cidades estrangeiras, os quadros de Graça Morais estão, agora, expostos numa das seis salas dedicadas à pintora transmontana. “As figuras conversam umas com as outras. Penso que a minha colecção está bem conseguida”, vinca a artista.
Nestes desenhos, Graça Morais apresenta um olhar sobre o mundo feminino ligado à ruralidade. “Quando comecei a pintar estas mulheres, que conheço desde a minha infância, não fazia ideia da importância que estas pinturas iam ganhar no mundo”, revela.

Mostra colectiva de escultura abstracta da colecção da Fundação de Serralves patente até ao final de Fevereiro de 2009

Com traços bem marcados no rosto, estas personagens representam o processo natural do envelhecimento, que se assemelha com o ciclo natural da evolução da natureza. “Quando observo aquelas caras é como se observasse a casca das árvores. São rostos que não usam cremes e que acompanham o tempo e o ritmo da natureza”, acrescenta Graça Morais.
Já na sala de exposições temporárias pode ser apreciada uma mostra colectiva de escultura abstracta, que remonta às décadas de 1960 – 1970. Armando Alves, Alfredo Queiroz Ribeiro, Ângelo de Sousa, Joaquim Vieira, João Machado, José Rodrigues e Zulmiro de Carvalho apresentam uma colecção da Fundação de Serralves.
“São peças diferentes, que representam aquilo que nós, na altura, achávamos que deveria ser a escultura, contrariamente àquilo que a escola nos pedia”, desvenda o escultor Armando Alves.
Nos primeiros seis meses, o Centro de Arte Contemporânea já registou cerca de 12 mil visitas.