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Doença Hemorroidária: como tratar os sintomas?

O que são hemorróidas? 
As hemorróidas são veias dilatadas e salientes que fazem parte do ânus e do canal anal, e que participam na contenção das fezes. Podem ser classificadas em hemorróidas internas ou externas. As internas localizam-se no canal anal, acima do ânus, e as externas localizam-se à volta do ânus, fora do canal anal. Por vezes, à volta do ânus desenvolvem-se pregas de pele que são indolores e de consistência mole, as quais se designam mariscas hemorroidárias, que são estruturas distintas das hemorróidas.

A tia Ester da moto quatro

Qua, 14/08/2019 - 10:17


Olá gentinha boa e amiga!
Nos últimos dias o Verão meteu férias, para alegria dos nossos agricultores, que vêem os seus campos dourados, com o ouro que caiu do céu. Esta água pinta aos castanheiros e oliveiras mas, como não há bela sem senão, quem está de férias o que quer é calor, para poder disfrutar das nossas praias fluviais e piscinas.

Vendavais Democracia em parte incerta

Quando do outro lado do Atlântico, doidos à sol ta, começam aos tiros e matam dezenas de ino- centes, é razão mais do que sufciente para nos questionarmos sobre como se deve conduzir esta sociedade do século XXI e para onde quer ir.

De facto, parece não bastar termos que morrer naturalmente como ainda termos de enfrentar a morte sem encomenda, desnorteada e dirigida para simples alvos em movimento que servem os desígnios de loucos atiradores, como se vivessem no mais fantástico flme de uma qualquer série negra americana. Para justifcar o que é democrático à moda de Hamurábi, “olho por olho, dente por dente”, Trump anuncia a possibilidade de pena de morte para quem pratique atos deste calibre. Dá-nos a impressão de ser tão vilão o criminoso como o juiz, já que ambos tiram a vida a seres humanos. Não sei se o contexto de democracia se aplica nestes caso, mas a verdade é que nos apetece dizer que quem mata deveria morrer da mesma forma, já que matar por prazer, parece ser um jogo de desfecho desconhecido e porque, na maior parte dos casos, o assassino é liquidado pela polícia. Perante isto e sabendo o assassino que o mais certo é ser morto, questionamo-nos sobre que prazer será esse já que não fcará vivo para se vangloriar seja do que for. Na verdade, estas americanices não têm comparação, nem justifcação, nem suporte democrático seja onde for.

O facto, contudo, que subjaz a estes episódios, é o de ser ou não democrático castigar com a mesma pena, quem comete determinados atos atentatórios à vida humana. A vida humana é um direito inalienável que ninguém pode tirar, seja sob que justifcação for. Os direitos humanos são para respeitar, é verdade, mas revoltados com estas atitudes, o que nos apetece fazer é castigar do mesmo modo quem pratica estes abomináveis crimes. Verdade?

Por cá como por lá, quando somos confrontados com os fogos que grassam um pouco por todo o lado e destroem propriedades, casas e haveres de toda a espécie e também vidas humanas, o que dizemos frequentemente é que quem ateia estes fogos deveria ser metido no meio deles para saber quanto custa morrer entre as chamas. Não vale a pena dizer que o não pensamos ou dizemos, por que seria mentira. A revolta é tão grande que não se compadece com atenuantes. Não buscamos a democracia para a impormos como panaceia a quem é criminoso desta estirpe.

Olhando para o horizonte político e democrático que entre nós vigora, constatamos que os criminosos que atearam fogos e que foram apanhados, mas não julgados, continuam à espera de benesses da justiça, do mesmo modo que aqueles que deveriam ajudar quem tudo perdeu, não o fez cometendo um crime tremendo e a quem nada acontece. Olhemos para Pedrógão Olhemos para Mação. Olhemos para o nosso horizonte democrático e julguemos. Peguemos na democracia e com ela, como se fosse a vara da justiça, chicotemos quem merece. O que acontece? Nada. Os criminosos andam à solta. Impunes.

Estou a lembrar-me de um episódio caricato que aconteceu no fnal do jogo da supertaça Cândido de Oliveira em que um diretor de departamento do Sporting foi espancado por cerca de quinze indivíduos benfquistas, sem que nada parecesse justifcá-lo. Não está em causa o clube, seja ele qual for, mas sim o atentado criminoso que teve lugar. Como se justifca tal atitude? Possivelmente ninguém reconhecerá os indivíduos que praticaram o atentado e eles fcarão impunes para se poderem vangloriar do vil e selvático crime. Neste caso, para castigar do mesmo modo os indivíduos em causa, seria muito mais difícil, já que seriam necessários trinta outros juízes que, de igual modo, exerceriam justiça hamurábica. E seria democrático? Mas apetecia fazer o mesmo? Possivelmente.

Claro que a revolta que nos invade em situações como as mencionadas, nos leva a repensar muitas atitudes e até a querer alterar a própria justiça e o modo como se aplica. Mas será que se o fzéssemos, o resultado seria outro? Na melhor das hipóteses, o medo que invadiria os que pensariam em fazer tais atentados, coibiria o seu modo de ação, resultando em menos atos extremistas, mas só isso. Nada impede um criminoso de praticar o seu crime. Ele não pensa na justiça, mas sim no resultado imediato da sua performance. E muito menos pensará na democracia que é um conceito que para ele não existe.

Neste tempo de férias, a nossa política democrática anda a banhos, porque também tem esse direito, intervalando com o futebol como já vimos. Também vimos que nem com a presença das altas individualidades da Nação, os criminosos deixaram de praticar atos horrendos. Ora a ser assim, o que fazer com a justiça, com a política e com a democracia? Nada disto mete medo aos assassinos porque eles não são nem cobardes nem democráticos. Infelizmente.

Deste modo não parece que a democracia seja a solução que justifque o castigo, mas se o fosse, também ela parece andar em parte incerta!
 

Joe Berardo

Personagem controversa, es ta. Apenas com 40 anos, emigrante regressado da Africa do Sul, carregado de dinheiro e obras de arte é de repente que se vê carregado de condecorações, comendas e outras formas de o agraciar já que dispensava os “vistos gold”, forma recorrente de trazer para cá o capitalismo Chinês. Este novo “cavaleiro da fnança”, este “George Soros” português, pôs a fnança nacional ao rubro e teve como corolário lógico a tentativa de controle do maior banco comercial português, o BCP. Essa tentativa de controle, também conhecida por “assalto ao BCP”, um chavão glosado pelas oposições a este Governo PS numa tentativa de fazer uma colagem deste Governo ou de alguns membros deste Governo a tudo que diabolizam no Governo Sócrates, é uma jogada da finança pura e dura e não é menos legítima que o “assalto da Sonae à PT”, só que esta não resultou. Ora, para concretizar o “assalto ao BCP era necessário que um grupo de accionistas, nos quais se incluía Joe Berardo, se tornasse maioritário pelo que era preciso comprar acções de forma a atingir esse “score”. Para isso os bancos, CGD, BCP, BES, disponibilizaram o crédito necessário para a compra das acções tomando estas como garantia do pagamento do débito contraído. Até aqui estava tudo bem. A correr normalmente, quer dizer-se não houvesse contratempos relevantes, as acções valorizavam-se, Joe Berardo ressarcia os bancos pelos débitos contraídos e ninguém ficava a saber nada excepto os intervenientes directos. Ganhava Berardo e ganhavam os bancos. Mas a coisa não correu como o esperado. Com a crise as acções caíram para mínimos incríveis e os especuladores não conseguem pagar as dívidas aos bancos. Surgem então uma série de acusações à gestão da CGD: favorecimento indevido, negligência na análise de risco e sobretudo o facto de ter aceitado como garantia de pagamento um bem que tem um valor demasiado fluido como acontece com as acções. Mas as acusações são à CGD. Os outros bancos não interessam porque só na CGD é que um erro técnico se pode transformar em acusação política. Mas mesmo aqueles que acusam os gestores da CGD de temeridade ou de favorecimento indevido têm que aceitar que é uma acusação puramente política. Digo isto pelo seguinte: aquando a 1.ª fase de privatização da EDP, na qual eu também fui subscritor, a CGD deu-me crédito para comprar 150 contos de acções da EDP em que a garantia eram as próprias acções e mais, se as acções desvalorizassem a CGD fcava-me com elas. Eu não tinha risco absolutamente nenhum. Resumindo: a CGD fez-me o que fez a Berardo. E não desdenhem do montante porque 150 contos vezes pai, mãe, flhos, avós, sopeira e isto vezes o número dos funcionários públicos dá possivelmente um montante superior ao que foi disponibilizado a Berardo. Mas correu bem. Não houve nenhuma crise e o Dr. Cavaco fcou ufano. E se tivesse havido crise?

Esta mesma prática bancária deu certo num caso e foi um desastre noutra. O único elemento que não é comum aos dois casos e que portanto se torna determinante é a crise. Mas a obstinação política da Comissão de Inquérito preferiu as suspeitas de corrupção, de favorecimento, de dolo eventual, em suma, não resistiu ao que de mais estridente tem a voz do populismo: “alguém tem de as pagar”. Aliás a Comissão de Inquérito fez-se com um objectivo claro e determinado: conseguir provar a liga- ção de Sócrates a este “dossier” com posterior condenação para em seguida imputar responsabilidades a todos os seus colaboradores sobretudo àqueles que têm hoje funções governativas. A tentativa tornou-se demasiado óbvia. Analisar, só, a CGD alegando ser um banco de dinheiros públicos não convence, uma vez que todos, TODOS, os bancos nacionais, à excepção dos que faliram, tiveram de ser recapitalizados com dinheiros públicos. As razões porque precisaram, TODOS, de recapitalização devia a Comissão de Inquérito apurar.

Um dos males do capitalismo é não prever as suas crises ou se as prevê não as revela porque se as revela, a crise que estava para ser, é já. Todos nos lembramos daquela intervenção memorável do Dr. Cavaco quando denunciou haver muito “gato por lebre” no mercado accionista. Foi uma “boutade” No dia seguinte só já havia “gato”. O capitalismo, se antevê a crise, aguenta estoicamente as angústias do médico de família – “… um dia tenho de lhe dizer…” – mas não diz, senão é o colapso. É assim que funciona o capitalismo selvagem e agressivo.

Transformar Joe Berardo no bode expiatório de todos os males que a crise veio a revelar não tem sentido. Ele é uma peça integrante do sistema capitalista que nos governa e interpreta magistralmente as regras desse jogo a que todos estamos sujeitos. A banca gosta deste tipo de “players” que se encarregam do excesso de liquidez dos bancos (quando há), que dão velocidade à massa monetária circulante, que geram a riqueza fctícia, aquela que de facto não existe. Mas que faz sonhar, faz.

Já a prestação de Joe Berardo na Comissão Parlamentar de Inquérito é inenarrável. A forma como parodiou os representantes do povo, mostra o apreço em que tem a sociedade em que vive. Já a postura física, deselegante, boçal, labrega causaram-me perplexidade. Um coleccionador de arte era, para mim, também um artista, essa pessoa sensível que trata tudo com muito esmero e delicadeza. E saiu-me aquilo! Decididamente, a arte, em Joe Berardo, é só um activo não fnanceiro. Por outro lado, a forma que deu ao discurso, arrogante, malcriada, desafadora não disfarçava o enfado que sentia por ter de responder. A tudo isto emprestava uma pose altiva, sobranceira de quem mira todos os outros de cima do cavalo.

Àqueles a quem ensinaram que só se olha um homem de cima se for para o ajudar a levantar-se, isso incomodou.
 

Espelho & Pente…

Numa busca de resíduos da memória que nos fazem en ternecer e entristecer debai xo do estafado eufemismo de arrumar o arrumado há dezenas de anos encontrei um espelhinho redondo, de bolso, debruado a plástico e tendo nas costas o emblema do Glorioso ou das papoilas saltitantes que o saúdo Luís Piçarra cantou até a voz lhe emudecer consequência de sofrida no Nortede Angola onde se encontrava a alegrar os soldados envolvidos na estúpida como todas são, a guerra colonial derivada da falta de visão e entendimento do fluir da História por parte do Botas natural de Santa Comba.

Limpei a fna camada de pó ao espelho, olhei-me, mirei-me, rodei o registador da imagem, voltei ver-me, o visto não me alegrou, qual madrasta da Branca de Neve perguntei ao espelho o motivo de as cãs possuírem a cor da neve da Sanábria, os sulcos na testa imitarem os rasgados pelo arado em terreno pedregoso, a barba plagiar o restolho das searas no dia de uma seara no dia destinado no calendário litúrgico a honrar duas Senhoras, a venerada em Tuizelo e a alumiada noite fora na Serra de Nogueira assim julgo que continua a ser dado o apego ao jogo chamado da batota ou não estivesse recheado de truques e tropeços cujos jogadores (há um carro de anos) procuravam ultrapassar em insensibilidade facial e gestual os exímios prestidigitadores de póquer aberto e/ou sintético.

O espelho imitando o da dita Madrasta respondeu irado, convulso, engasgado, dizendo-me para ler as memórias de Adriano ou então falar com Mefstófeles no propósito de inventar um novo retrato colocado ao contrário absorvedor das ruínas faciais bem compostas há um carro de anos. A resposta seca quanto fontelas nos montes de Vinhais no auge da canícula, áspera e riscante como se fosse silvedos nas paredes das desertas aldeias em Setembro calorento, cópia da dada pelo Padre Carção aos fregueses de Lagarelhos num dia de Páscoa ao contemplar a chuva violenta a bater nas vidraças da pequena igreja da lavra dos Jesuítas, não me causou satisfação, causou-me desgosto impedindo-me de ir em busca do tempo perdido (desculpe o Senhor Proust), incitou-me a rebuscar a razão e utilidade do espelho na adolescência tardia.

Nesse tempo muitos rapazes bragançanos engravatavam-se aos domingos, no casaco colocavam uma carteira mirrada de dinheiro, o espelhinho e unte pequeno, de tartaruga, à saída da missa das onze e meia ou do meio-dia olhavam o espelho, o pente compunha as fartas melenas, endireitavam os nós das gravatas, puxavam os punhos da camisa, empinavam o peito e ala, chegava a altura de contemplar as meninas de seios salientes e coxas roliças num primeiro instante, as outras no segundo olhar, a rapaziada seguia com o olhar as namoradas sem elas saberem, atiravam dichotes uns aos outros, no domingo seguinte repetia-se o onanista espectáculo. Importa sublinhar o acréscimo do corta-unhas nos bolsos de um ou outro pois a moda vigente assim o determinava. Agora, os jovens substituíram os antigos adereços pelo telemóvel ou a tablete, os sapatos deram lugar às sapatilhas cromáticas, calções coloridos em detrimento das calças, os pentes desapareceram dando lugar a bonés multi-usos, no dorso pólos sem serem do Norte ou do Sul, sem esquecer chaves de motas, trotinetes e automóveis.

As mutações transformaram os espelhos pequenos, redondos, em objectos de museu, os pentes préstimo ante a avalanche de cabeças rapadas e rastas, os corpos exibem-se à descarada levando os jecos da minha idade a carregarem nas vogais ao soltarem imprecações por terem vivido antes da presente época destrunfando por cima dos corpos no confronto das novas cidades de Sodoma e Gomorra sem perigo dos olheiros serem convertidos em estátuas de sal como aconteceu à mulher e flhas de Lot.

O espelho, o pente, num ou noutro casaco também entrava o corta-unhas, este instrumento tinha a vantagem de retirar sinais de o seu detentor possuir vestígios de Vale da Porca ou vale de Porco aumentando o seu perfl asseado o que os valorizava na eira de Espinhosela, leia-se Praça da Sé.

Os adolescentes de buço rebentado, outros a ostentar bigodes estilo Cantinflas, dada a carência reinante não mudavam muito no tocante à aparência ornamental, prevaleciam as meias solas, as cuadas nas calças, os casacos virados, os colarinhos delidos nas camisas, as dores de crescimento obrigavam à mostra dos tornozelos (eu até consegui levar o Sr. Queiroz a salientá-los), por isso mesmo, os adereços exibidos a que acrescento o emblema do clube desportivo colocado na banda esquerda do casaco ajudavam a compor a vestimenta qual pouco mudava de estação para estação, o feiro era conforme a roupa, bem pior estavam os remendados sobre remendos. Relembro: só uma escassa minoria vestia a estrear não herdando roupa do irmão mais velho, só essa minoria adquiria à sua vontade, fora do gosto paterno.

As odiosas comparações sendo-o devem ser evitadas, neste contexto, impõe-se a excepção – antes ou agora –, a resposta de La Palice afna pelo agora. Podemos discordar do laxismo familiar na satisfação das exigências fliais no respeitante a roupas e sapatilhas, podemos discordar da assombrosa consumição de aparelhos e maquinetas comunicacionais, podemos censurar os dislates alimentares, porém, para lá do retorno ao paraíso caso pudesse retroceder na idade, deploro termos vivido pobremente, ao estilo sarnento salazarista da Casa Portuguesa a canção do forçado conformismo, se assim não fosse os da «benemérita» PIDE na esteira da benemérita Guarda Civil espanhola tratava de afagar o corpo, que não o espírito.
O denominado elevador social só funcionava mediante suor, lágrimas e quantas vezes sangue, curiosamente alguns dos prendados via nascimento não aproveitaram o maná, os deserdados repletos de marcas dos sacrifícios cometidos de modo a entrarem no ascensor têm conseguido penetrar no almejado patamar provocando o sarcasmo dos afortunados de nascença e a inveja dos antigos companheiros de Escola. É a vida diria como disse o Engenheiro Guterres, uma porra dizia a minha avó Delfna, embora sendo analfabeta não era parva, longe disso. No seu entender valia o rifão – se queres vai – só os calaceiros pediam. Apoquenta-me o futuro da cultura, especialmente da escrita em papel, a inserida em pautas de música tradicional, a oral sem registo algum. Aos livros devo tudo, mesmo tudo, os cursos/recursos derivados de três universidades trouxeram-me réditos materiais, a minha verdadeira Universidade (Gorky) as Bibliotecas Itinerantes ensinaram-me os valores da frontalidade, da liberdade, da sabedoria, o que não foi pouco, foi tudo.