Famidouro (Miranda do Douro) precisa de espaço para crescer
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Qua, 21/08/2019 - 11:32
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Nos últimos anos registaram-se na Europa catástrofes naturais e de origem humana graves: incêndios florestais, inundações, tempestades e sismos causaram a perda de vidas humanas – mais de 100 em 2018.
Até recentemente, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil baseava-se num sistema em que a União Europeia coordenava as contribuições voluntárias dos Estados Membros participantes destinadas a ajudar os países que tinham solicitado assistência. Mas as condições climatéricas extremas e outros fenómenos dos últimos anos puseram à prova a capacidade de entreajuda dos Estados-Membros, sobretudo quando vários são confrontados simultaneamente com o mesmo tipo de catástrofe. Nestes casos, em que existe pouca ou nenhuma disponibilidade de recursos, a UE não dispunha de reservas para ajudar os Estados-Membros que já tinham esgotado a sua capacidade de resposta.
Para proteger melhor os cidadãos em situação de perigo, o novo RescEU (mecanismo de Proteção Civil) reforçou a partir de maio de 2019 a capacidade coletiva da União para prevenir, preparar e responder às catástrofes. Impulsionado pela experiência traumática que Portugal e a Grécia viveram em 2016 e 2017, o RescEU passou a disponibilizar uma frota de combate a incêndios a nível europeu. Quando necessário, os países europeus têm ao dispor sete aviões e seis helicópteros: dois aviões da Croácia, um de França, dois de Itália, dois de Espanha e seis helicópteros da Suécia.
Mas, sem prevenção, nenhum equipamento é suficiente. Durante o verão, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE (CCRE), que funciona 24 horas por dia, foi reforçado com uma equipa de apoio aos incêndios florestais que partilha informações sobre o risco de incêndio em toda a Europa. O sistema de satélites Copernicus da UE está a ser utilizado para cartografar as emergências resultantes de incêndios florestais. Nos últimos meses, foram realizados vários exercícios práticos de incêndios florestais e proteção civil com peritos e equipas de salvamento de vários países da EU, nomeadamente na ilha de Cres e em Split (na Croácia), e em Aix-en-Provence (França).
O RescEU faz-nos evoluir de uma lógica de coordenação nacional para uma lógica de verdadeira solidariedade europeia, particularmente importante para Portugal onde, infelizmente, a devastação foi incalculável. É por isso que o RescEU nos deve orgulhar: nenhum país consegue lidar com estas catástrofes sozinho. E nestas circunstâncias difíceis, a EU tem que fazer a diferença.
Sofia Colares Alves, Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal
Qua, 21/08/2019 - 09:17
Olá gentinha boa e amiga!Já estamos no último terço do mês de Agosto. Todos os dias deste mês têm parecido feriados, porque há sempre festas, romarias, casamentos e baptizados, mas o dia 15 continua a ser o auge das festas, pois é feriado e dia santo de guarda, em honra da Assunção de Nossa Senhora.
Artesanato e Verão têm tudo a ver, já que apresentam uma certa “leveza” tão desejada para esta estação do ano. E os acessórios de palha estão aí para o provar.
A palha está na moda, numa clara declaração de amor ao estilo mais natural, em carteiras, chapéus, cintos, pulseiras…
As carteiras de palha vão muito além dos looks de praia e ganham também espaço no dia a dia na cidade.
Há carteiras de vários feitios, tamanhos (redondas, quadradas, grandes, pequenas) e estilos, desde o saco de praia, a “clutchs” e também outros modelos que se podem levar para o trabalho e ainda modelos que combinam bem com um belo look para uma festa.
Apesar de habitualmente usarmos uma carteira de palha para looks mais fluídos e despretensiosos, ela funciona muito bem para quebrar a rigidez de looks mais formais, principalmente as de modelos bem estruturados, cores neutras e monocromáticas.
Usada em um contexto urbano, a carteira de palha transmite ousadia, criatividade e personalidade. As carteiras de palhinha podem ser usadas em vários looks e combinadas com jeans, vestidos (compridos e curtos), de preferência com florezinhas, calções, looks mais “sérios” com um blazer e mesmo um vestido de festa.
Outro acessório indispensável para manter o estilo no Verão é o chapéu de palha. Não há “blogger”, “it girl”, “fashionista” ou uma mulher que adore moda, que não tenha um chapéu de palha, nem que seja apenas para ir à praia ou à piscina. Afinal, o chapéu é um dos acessórios indispensáveis nas férias. A intenção inicial é para proteger do sol, mas na verdade, sabemos que é principalmente “para o estilo”!
Os chapéus de palha trans-
portam-nos, também, imediatamente para o “mood” férias. E quando estamos de férias, estamos geralmente mais relaxados e felizes! Então, use e abuse deste acessório!
Para escolher o chapéu certo, comece por optar por um que a faça sentir-se confortável, linda, elegante e super confiante e tranquila. Outro item a ter em linha de conta é a escolha do tamanho das abas que deve combinar com o look. Abas redondas e grandes combinam com looks para praia, por outro lado abas curtas combinam melhor para looks urbanos.
Para um look mais leve e “cool” pode ainda apostar em cintos de palha, pulseiras e mesmo sapatos. A verdade é que o Verão, combina bem com estes materiais de cor neutra.
Por isso, trouxe algumas sugestões de acessórios em palha e ráfia para que esteja bonita e na moda durante este Verão.
* Consultora de Imagem
A recente crise energética veio demonstrar o evidente: o país está demasiadamente dependente da rodovia. A necessária atualização e modernização da rede viária nacional, iniciada no consulado de Cavaco Silva e prosseguida nos governos que lhe sucederam foi feita de forma distorcida e enviesada. Enquanto se multiplicaram as vias rápidas junto ao litoral ou na faixa longitudinal mais próxima (é possível ir do Montijo até ao Peso da Régua sempre em auto-estrada e regressar, igualmente por esse tipo de via, sem passar duas vezes pelo mesmo lugar, sem repetir nenhum troço, por mais pequeno que seja), no interior, continuam a existir ligações por fazer, estradas por terminar e itinerários principais incompletos. Em Trás-os-Montes, última região a ter acesso a uma auto-estrada, faltam as ligações nacionais previstas em Vinhais e Vimioso e os acessos internacionais a Puebla de Sanábria, a Gudiña e a Zamora. O IC5 parou em Duas Igrejas e não há forma de ligar a Junqueira ao Pocinho pelo IP2. Mas se este cenário desanimador e em contraciclo à anunciada (e repetida, pelo menos de quatro em quatro anos) vontade firme de diminuir o enorme fosso que divide o país, pelo lado da rodovia, no que toca à ferrovia, o panorama é ainda mais dramático. Se é verdade que muito ficou para fazer e se é mesmo possível admitir que na faixa junto ao mar, melhor fora desviar alguns recursos do alcatrão para o caminho de ferro, com melhor resultado, maior sustentabilidade e maior diversificação (veja-se o jeitão que tinha dado poder usar o comboio de forma mais eficiente, na recente “crise energética”), na banda territorial próxima do país vizinho a situação é escandalosa. Não houve qualquer tipo de melhoramento, absolutamente nenhuma expansão e, pelo contrário, foram encerradas, abandonadas e destruídas várias infraestruturas ferroviárias privando os transmontanos do acesso a um dos meios de transporte em expansão e com largos investimentos noutros países europeus. Todas as linhas de via estreita foram extintas e a própria linha do Douro se foi degradando tendo sido encerrada no Pocinho e quase abandonada da Régua para cima.
Esta situação é tão mais dramática quanto a história nos ensinou que foi precisamente o caminho de ferro que nos dois séculos passados rasgou o atraso rural de grande parte do país como, facilmente se pode verificar sobrepondo o mapa das antigas linhas do comboio com os vetores de desenvolvimento no tempo em que existiram. E se havia, só por isso, razões para a aposta imediata e adequada a crise ambiental que nos afronta contribui com acrescidas razões para essa estratégia urgente e necessária. São os comboios modernos movidos a eletricidade e, só por isso, a passagem de grande parte do serviço rodoviário para este tipo de transporte trará uma considerável diminuição da poluição do ar. O imparável aumento da digitalização da economia vai trazer vantagens acrescidas pois o teletrabalho é perfeitamente compatível com esta forma de viajar, em detrimento de todas as outras. Os canais associados serão, igualmente, um corta-fogo permanente e eficaz.
Mas sabemos bem, do passado que, contrariamente aos naturais da beira-mar, dificilmente teremos o que nos é devido se o não soubermos reivindicar. Ora, acontece que aos autarcas que promovem ecopistas nas antigas vias de ferro, falta moral para reivindicar a reposição justa e devida. Mesmo, e principalmente, aqueles que apoiam os intentos perversos da CP (e do Governo) na sua casa e não têm vergonha de vir à rua defender a reabertura da ligação das carruagens nos concelhos vizinhos!
Portugal tem um Presidente da República que foi eleito à primeira volta com 52 % dos votos entrados nas urnas, ainda que apenas 24,75 % do eleitorado lhe tenha dado crédito, sendo que 51,34 % se absteve.
Não é desse que falo.
Refiro-me a um santo homem, anjo da guarda de António Costa, o político sagaz que ousou pôr a Geringonça a funcionar e com ela surfar as ondas de feição.
António Costa, consagrado ilusionista que encanta camelos e serpentes sem se deixar morder, caminha descalço sobre brasas incandescente sem se queimar, engole sapos e espadas sem se agoniar e, com um estalar de dedos, converteu o Estado numa agência socialista familiar.
Hábil político palaciano, sem dúvida, mas governante inábil, como ficou demonstrado nos roubos de paióis, nos incêndios florestais, nos escândalos governamentais, nas greves dos professores e dos enfermeiros e agora na dos camionistas em que, mais uma vez, foram os ministros a dar a cara (e uma no cravo e outra na ferradura), sendo altamente preocupante constatar que o PS não resiste à tentação totalitária que cresce no ventre da maioria absoluta.
Também porque o feito maior de António Costa depois da Geringonça foi converter à sua doutrina, promovendo-o a guardião mor da sua capelinha, o santo homem Marcelo, em tempos um brilhante analista político agora transfigurado em avalista governamental.
É São Marcelo que, com sandálias de peregrino e rosários de selfies na mão, incansavelmente calcorreia Portugal de lés a lés, aplaudindo os melhores truques do mágico Costa e silenciando os seus fracassos mais estrondosos.
São Marcelo que contemporiza com o descalabro da Justiça nos processos de corrupção, desobstrói as veredas sinuosas que conduzem a extrema-esquerda ao poder, exorciza os diabos da direita moribunda (de cujo alforge esfarrapado ele mesmo, um dia, caiu desamparado) e, por reflexo, franqueia o palco à extrema-direita, convicto de que assegura a estabilidade política varrendo o lixo do Regime para debaixo do tapete.
São Marcelo, padroeiro do Regime em que pontificam traidores da Nação e cujo maior ferrete é a política de alterne, mascarada de alternância democrática, agora em vias de acabar, embora o negócio continue florescente e sem concorrência.
Quando nenhum serviço público funciona como deveria São Marcelo tudo abençoa com a água benta e a presunção que António Costa toma quanta quer.
Se os portugueses se queixam da Saúde lá está São Marcelo para dourar a pílula. Se há problemas no Ensino apressa-se São Marcelo a virar os professores contra a parede. Se a Segurança Interna derrapa de pronto São Marcelo desautoriza os polícias.
São Marcelo que frequentemente mete o nariz onde não é chamado, embora, quando lhe convém, meta o rabo entre as pernas.
Qual cana que brada no deserto democrático é escutado por multidões embevecidas, como se de Quim Barreiro ou de António Variações se tratasse, indiferente ao descalabro do Estado e ao descrédito do Regime, que continua partido e engessado.
Paradoxalmente, os portugueses andam felizes mas descontentes.
Arte de Costa e graça de Marcelo.
Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.
O corpo no verão exibe-se ao longo das praias ensolaradas. Mas procura também esconder-se atrás dos véus. O que diz o corpo da nossa comunidade humana?
Neste verão já longo, assistimos por todo o lado à exposição máxima das carnes. Não só nas publicidades, na imprensa em geral, mas também na rua. São exibidas para fazer vender, expostas para se dar a ver. Sejam bonitas ou feias – falando das corporalidades dos homens assim como das mulheres – estas submetem-se a determinados padrões, à moda impostFa. Ao ponto de agastar por vezes o olhar mais avisado.
A esta exposição vem estribar-se para algumas mulheres a reivindicação de não se expor. De enfrentar o olhar dos outros protegendo-se através do que se chama, nos atalhos da imprensa, o burkini. Recusa de exposição para poder acompanhar os filhos à piscina, ou exposição das carnes cobertas para acompanhar uma exigência de reconhecimento? Os corpos mostram-se ou escondem-se, mostram-se para reivindicar uma liberdade, escondem-se para manifestar uma liberdade.
Mas outros corpos, nestes últimos dias foram dados a ver. Corpos meio cobertos e no entanto expostos; os de Óscar Ramírez e da filha, afogados no Rio Grande, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Corpos fotografados, dados a ver, que aparecem como o símbolo de outros corpos que nós não veremos nunca; cadáveres nos desertos do Novo México, os afogados no Mediterrâneo, os torturados nos campos da Líbia, os esfomeados do Sudão, ou os detidos nos gulags chineses.
Carnes, corpos, densidade e fragilidade dos tecidos e dos ossos, aparição única de cada pele, mistério combinado dos órgãos … É a nossa humanidade que se expõe e se esconde. Na Bíblia, pode apresentar-se na sua inocente nudez ou esconder-se na vergonha (Génesis), exaltar a graça e a fruição que oferece cada membro (Cântico dos cânticos), exibir o poder do desejo (David e Bate-Seba). Carnes e corpos podem ser também submetidos à sede, à fome, à execução sumária, individual ou massiva.
Mas, essencialmente, é na carne que se dá a conhecer o Deus dos cristãos. A incarnação duma divindade ou reconhecimento duma humanidade verdadeira, divina, na pessoa de Jesus de Nazaré, a carne é radicalmente colocada no centro das atenções no cristianismo. No centro das atenções ou pelo menos reconhecido como o único lugar de encontro possível com a transcendência, porque “ nunca ninguém viu Deus” (João 1, 18). No entanto não sabemos nada do corpo de Jesus. Nenhum tipo de exposição daquilo que o caracterizava, nenhuma marca tampouco que ele tenha querido esconder.
Se está exposto, é como um corpo esquartejado na cruz. E se está escondido, é enquanto corpo ressuscitado. Irrecuperável como corpo crucificado, demasiado escandaloso para um Deus. Irrecuperável enquanto corpo ressuscitado, demasiado ausente para constituir uma prova de Deus a ser administrada aos não-crentes. Mas não é por isso que o cristianismo é um inimigo dos corpos, como nos foi apresentado durante muito tempo.
Hoje ainda, o discurso dominante afirma que seria uma religião onde se subjuga o corpo, onde se esquece a corporalidade.
Com efeito, o que convém trabalhar é o nosso modo de tomar parte na “luta dos corpos” nos nossos dias.
Nem sublimar nem negligenciar o corpo: reconhecer que é fonte de alegria, de prazer, de vergonha e de sofrimento, reconhecer que o mesmo tem o direito de se esconder e de se expor, sem quaisquer constrangimentos de alguma espécie que não seja a dignidade daquele ou daquela que olha.
Reconhecer por fim que o escândalo maior é o dos corpos martirizados, crucificados, que convém cuidar e tratar. E, talvez, ressuscitar.
Ter, 20/08/2019 - 14:32
Ricardo Vilela vai participar pela terceira vez na Volta a Espanha, este ano com a camisola da Burgos BH. São oito os ciclistas convocados pela equipa espanhola que inclui um outro português, Nuno Bico que se vai estrear numa das três melhores provas de ciclismo do Mundo.
Ter, 20/08/2019 - 14:30
O Zoelae Trail é muito mais que um evento desportivo. Quem participa leva de Bragança uma lição de história.