Ter, 11/10/2005 - 15:30
De acordo com os responsáveis da companhia, esta situação deve-se ao facto deste grupo teatral ter atingido o limite da capacidade de endividamento, uma vez que continua à espera dos subsídios que lhe foram atribuídos pelo Ministério da Cultura.
Recorde-se que os montantes atribuídos no concurso de Apoio às Artes do Espectáculo do ano passado ainda estão bloqueados devido à interposição de uma providência cautelar por parte de um grupo teatral que se sentiu prejudicado na atribuição dos subsídios.
Até agora, a Filandorra assegura que conseguiu garantir a estreia de duas produções destinadas ao público infantil, com um “enorme esforço financeiro”, contudo, sublinha que não tem condições para continuar a estrear trabalhos.
Companhia pede intervenção da tutela
A companhia salienta que os espectáculos de agenda até ao final do ano vão ser realizados, para cumprir os protocolos de cooperação que mantém com 38 municípios da região Norte.
O grupo de teatro Filandorra tem 20 anos de existência e afiança que nunca viveu uma situação de crise tão grave, pelo que exige uma acção urgente da ministra da Cultura “sob pena de ficar na história da cultura portuguesa como a autora da eutanásia ao teatro do Norte de Portugal”, assevera o representante da Filandorra, David Carvalho.
Com esta situação de crise, vão ficar por estrear produções como “Um forte cheiro a maçã”, prevista para o final do mês, e “A Menina do Mar”, uma aposta da companhia para o público infantil que tinha estreia marcada para o final do ano.