Ter, 04/03/2025 - 10:17
Pedro Nuno Santos afirmou, sábado, em Bragança, que, apesar de o país não ter feito o suficiente pelo interior, a maioria do que se fez tem a marca do PS. Referiu que tinham “um plano para a valorização do interior”, no valor de 6 mil milhões de euros, para desenvolver e aproveitar o território, mas foi “travado” pela direita. O líder socialista não deixou ainda de lembrar que a redução das portagens no interior, com o objetivo de as extinguir, foi uma promessa do PS, que o partido “cumpriu” mesmo “não tendo ganho as eleições”. E referiu que, apesar de a medida ter sido “apenas um pequeno” contributo, teve o voto contra do PSD”. Em Bragança, disse ainda que “o pequeno investimento que ainda se vai fazendo” na região é “lançado” pelo PS e chamou o Governo de “incompetente”. “A ligação de Bragança a Vinhais. Somos nós, não são eles. A ligação. de Bragança à Puebla de Sanabia foi lançada por nós e só não avançou porque, se calhar, cometemos o erro de confiar na câmara de Bragança para fazer o projeto”, referiu. Para Pedro Nuno Santos estes últimos 10 meses foram bem aproveitados pelo PSD para tratar da vida dos autarcas em final de mandato. “O PSD usa e instrumentaliza o Estado em benefício do seu partido. Mais de um terço dos autarcas que estão em final de terceiro mandato já foram colocados no aparelho de Estado. Para o PSD, neste momento, é bar aberto no Estado português”, disse. O secretário-geral do PS deixou ainda duras críticas ao Primeiro-Ministro, devido à recente polémica que envolve a empresa familiar de Luís Montenegro. Referiu que este, mais do que os seus deputados, tem de ser transparente. “Quem escolhe estar nesta vida tem de estar preparado para a transparência e para o escrutínio”, afirmou. Para Pedro Nuno Santos, o Primeiro-Ministro é um consultor “que criou uma empresa para continuar a ser remunerado”. O socialista passou pelos concelhos de Mirandela, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros e Bragança, onde apresentou, aos militantes e simpatizantes, os candidatos já conhecidos para concorrer às autárquicas, com ênfase na candidata Isabel Ferreira, afirmando que a capital distrital precisa de ser ouvida e respeitada em Lisboa e, por isso, garante que a escolha da deputada não foi “mero acaso”. “Precisamos de alguém em Bragança que tenha conhecimento do mundo, conhecimento científico, que já tenha dado provas de que tem capacidade e competência. A Isabel Ferreira tem provas dadas enquanto governante, conhece o território, sabe o que ele precisa e como é que se pode desenvolver. Para além de ser qualificada, tem, sobretudo visão”, vincou. No seu discurso, Isabel Ferreira prometeu uma campanha baseada em três princípios, proximidade, competência e transparência. A deputada garantiu apresentar uma equipa “preparada”, “qualificada”, “credível” e “confiável”. Com o slogan “Bragança, um novo futuro”, Isabel Ferreira acredita que tem pela frente um caminho “vencedor”.
Francisco Guimarães quer recuperar câmara de Mogadouro
Francisco Guimarães, que já foi presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, durante dois mandatos, tendo sido eleito em 2013 e em 2017, está, de novo, na corrida à presidência do município, como independente, nas listas do PS. Em 2021, Francisco Guimarães, que se candidatou para cumprir um terceiro e último mandato, perdeu a câmara para o social democrata António Pimentel. Agora quer recuperá-la e está confiante. “Só no fim da votação se verá, no entanto, entendo que posso ganhar, pela forma como tenho sido abordado, nos últimos tempos”, esclareceu, dizendo que aceitou o “desafio” com “sentido de responsabilidade e de compromisso” para com quem o elegeu por duas vezes e que nele votou nas últimas autárquicas. Caso volte a ser eleito, Francisco Guimarães quer que os quatro anos de mandato sejam pautados pelo “crescimento económico, criação de emprego e fixação de população”. “As pessoas estarão sempre em primeiro lugar”, assinalou, dizendo ainda que a aposta no reforço da agricultura e pecuária “é essencial”. Destaque ainda para o “apoio à juventude, empresários e população sénior, bem como valorização do património”. Apesar de, no ano passado, em conjunto com os antigos vice-presidente e vereadora de Mogadouro, ter sido acusado, pelo Ministério Público, de prevaricação, por causa de contratos por ajuste direto e por consulta prévia, celebrados entre 2014 e 2018, para serviços de segurança privada, com duas empresas que nunca foram detentoras de alvará ou de autorização legal para o exercício da atividade, em benefício de uma terceira, Francisco Guimarães está descansado. “Uma das acusações que o Ministério Público vinha fundamentando, que era a falsificação de documentos, já caiu. Aguardamos agora os últimos processos em relação àquilo que são as recentes fundamentações do Ministério Público. No entanto, quero dizer que não é isso que me atrapalha”.
Luís Fernandes quer cumprir último mandato
O candidato do PS à Câmara Municipal de Vinhais é Luís Fernandes. O atual presidente foi eleito nas autárquicas de 2017, substituindo o socialista Américo Pereira, que esteve 12 anos à frente do município. Se ganhar tem pela frente um terceiro e último mandato.
Adriano Menino novamente na corrida à liderança do município de Torre de Moncorvo
O socialista já se tinha candidatado nas últimas autárquicas, mas acabou por perder para o social-democrata Nuno Gonçalves. Com 55 anos e vereador do PS sem regime de permanência no município, explicou que nas últimas eleições teve uma votação e mobilização “extraordinária” e, por isso, decidiu recandidatar-se com “determinação e confiança de ganhar”. Adriano Menino defende que Torre de Moncorvo “precisa de mudar de rumo”, para não deixar que os jovens saiam do concelho, como está a acontecer e com a experiência, enquanto oposição, nos últimos anos, reconhece que tem “todas as condições e conhecimento para responder aos anseios da população”. “Torre de Moncorvo está num marasmo há cerca de 12 anos, não houve investimento público, a qualidade coletiva do concelho nada mudou. Foi o concelho do distrito de Bragança que perdeu mais população nos últimos anos e um dos objetivos é inverter este ciclo. É preciso gerar riqueza na economia local, atrair investimento público e privado, gerador de emprego para fixar os jovens”, vincou. O candidato quer ainda acabar com o trabalho “precário” na autarquia, que “não ajuda a fixar as famílias jovens”. Adriano Menino quer ainda apoiar diretamente as empresas, para criação de postos de trabalho. O nome de Adriano Menino já foi aprovado pela Concelhia Socialista, da qual é presidente. Ao que apurámos, a Federação Distrital está em consonância com a concelhia. Para já sabe-se que Adriano Menino terá como concorrente José Meneses, atual presidente da Câmara e candidato confirmado do PSD.
Jocelindo Rodrigues é candidato do PS à Câmara de Miranda do Douro
Jocelino Rodrigues, de 64 anos, é candidato pelo Partido Socialista à Câmara Municipal de Miranda do Douro, nas autárquicas deste ano. O candidato não esteve presente, sábado, na apresentação que decorreu em Bragança e que contou com a presença de Pedro Nuno Santos. Ainda assim, Jocelino Rodrigues deixou uma mensagem a Pedro Nuno Santos. Referindo-se como “filho da terra” prometeu recuperar o município que o PS perdeu há quatro anos para o PSD.