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Projeto LIFE SOS Pygargus já duplica sucesso reprodutor do tartaranhão-caçador na Península Ibérica

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Ter, 30/12/2025 - 10:59


O sucesso reprodutor do tartaranhão-caçador, uma das aves mais ameaçadas da Península Ibérica, mais do que duplicou em 2025 nas áreas abrangidas pelo projeto LIFE SOS Pygargus, graças a um esforço transfronteiriço que alia conservação da natureza, ciência e agricultura para travar o declínio desta espécie em risco de extinção

O tartaranhão-caçador (Circus Pygargus), uma das aves de rapina mais ameaçadas da fauna ibérica, está a dar sinais encorajadores de recuperação nas áreas abrangidas pelo projeto LIFE SOS Pygargus. Em 2025, o sucesso reprodutor da espécie aumentou 103% nas zonas de intervenção em Portugal e em várias comunidades autónomas espanholas, demonstrando que a articulação entre conservação da natureza e práticas agrícolas pode ser decisiva para travar o declínio desta ave.

Para José Pereira, presidente da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, entidade que coordena o projeto, é essencial interpretar corretamente estes resultados. “Não estamos a falar de um aumento imediato da população, mas sim de um aumento muito significativo da capacidade de deteção de ninhos e da nossa capacidade de intervir na sua proteção”, explicou. “Esse esforço traduz-se, no final da campanha, num claro aumento do sucesso reprodutor da população”, disse ainda.

O LIFE SOS Pygargus é um projeto transfronteiriço aprovado pelo Programa LIFE da União Europeia, com um orçamento global de quase 11 milhões de euros, dos quais cerca de oito milhões são financiados pela União Europeia. Arrancou em setembro de 2024 e decorre até 2030, envolvendo conservacionistas, investigadores, agricultores, entidades públicas e privadas de Portugal e Espanha, com um objetivo claro, evitar a extinção do tartaranhão-caçador no território ibérico.

Segundo dados do primeiro censo nacional da espécie, realizado em 2022-2023, a população de tartaranhão-caçador, ave migratória que nidifica no solo, sobretudo em campos agrícolas de cereais e forragens, particularmente vulnerável à maquinaria agrícola, à predação e aos incêndios rurais, entrou em declínio acentuado nas últimas décadas, tendo registado uma redução de cerca de 80% em Portugal nos últimos dez anos.

 

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Jornalista: 
Carina Alves