DOURO preserva socalcos

PUB.

Ter, 17/05/2005 - 16:35


“Muros de Pedra Seca em Ambientes Vitícolas” foi um dos temas em destaque na reunião que a Liga dos Amigos do Douro Património Mundial promoveu em Alijó, no passado dia 7.

Durante a palestra, proferida por Fernando Alves, foram apresentadas várias possibilidades de plantio de vinha, de organização do espaço das parcelas e do suporte destas nos declives durienses.
Foi também apresentado o Projecto Hercules, iniciativa de âmbito europeu que tem por finalidade estudar, construir e inovar formas de construções de suportes, sem esquecer o que é característico de cada região vinhateira que participa neste projecto.
A segunda palestra, intitulada “Douro-Duero – Os benefícios ambientais, culturais e recreativos em todo o Vale do douro; Como promover a sua valorização”, foi proferida por Lívia Madureira, do Departamento de Economia da UTAD. Tratou-se da apresentação de um estudo sobre o turismo e sua evolução na região do Douro.
Para trás tinha ficado a Assembleia-Geral da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, que contou com a presença do presidente deste organismo, Braga da Cruz, do governador civil de Vila Real, António Martinho, e do presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo.
No seguimento das apresentações e no espaço do debate, foram relembrados alguns problemas que assolam a região e apresentadas algumas soluções para colmatar essas dificuldades, sem prejudicar os seus habitantes.
Em jeito de conclusão, Artur Cascarejo lembrou que é fundamental preservar a classificação do Douro Património Mundial e que da parte das autarquias tudo está a ser feito.
O edil afirmou, também, que é urgente avançar com a regionalização, para criar um organismo que sirva de intermediário entre as autarquias locais, as suas populações e o governo central. “Actualmente, apesar de toda a vontade dos investidores em avançar com projectos nesta região, os entraves por parte de alguns organismos são tantos, que esses investimentos acabam por ser feitos noutros locais ou países”, lamentou o autarca.
Na óptica do edil, “é tempo de olhar para uma das regiões com maiores potencialidades do país em termos turísticos, económicos, culturais e paisagísticos, mas que, com a falta de apoios e apostas concretas, se vai mantendo como uma das regiões mais pobres da Europa”.