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Feira das Cantarinhas e do Artesanato de Bragança vão encher a cidade com quase 500 expositores

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Ter, 16/04/2024 - 11:14


Com as expectativas em alta, a ACISB e a Câmara Municipal esperam que as feiras atraiam milhares de pessoas e que dinamizem a cidade

De 3 a 5 de Maio, Bragança volta a receber uma das feiras mais icónicas do concelho: a das Cantarinhas. São 472 expositores que vão compor, este ano, o certame, sensivelmente o mesmo que na edição passada. E estender a feira a mais participantes, ainda que se queira, é “complicado”. “A cidade é sempre a mesma. Não podemos, por isso, estender muito mais. Todos os anos temos de dizer não a muitos feirantes”, esclareceu a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança (ACISB).

A feira anima e dinamiza vários pontos e ruas da cidade, nomeadamente a da República, a 5 de Outubro, a Combatentes da Grande Guerra, a Alexandre Herculano, bem como a Avenida João da Cruz e a Praça da Sé. Já a Praça Camões acolhe, também até dia 5 de Maio, mas com arranque no dia 1 de Maio, a XXXVI Feira do Artesanato de Bragança. Neste espaço estarão 58 expositores, mais dois do que no ano passado, segundo Maria João Rodrigues, presidente da ACISB, entidade que, em conjunto com a câmara municipal, organiza a iniciativa. Os artesãos presentes são de vários pontos do país, além da região, mas a ACISB tenta, “sempre”, dar “preferência” aos locais.

A concretização das feiras requer um investimento de 26 mil euros, mas o retorno é grande. “Há sempre uma grande importância económica, basta dizer que milhares de pessoas vêm à cidade. A hotelaria e a restauração ganham sempre”, vincou Maria João Rodrigues, lembrando que a iniciativa também ajuda a que algumas pessoas depois, mais tarde, regressem ao território, porque gostaram. Ou seja, o turismo ganha, mas ganha também o comércio local, já que as pessoas aproveitam para passar por algumas lojas, sobretudo junto às feiras.

Diz-se que a Feira das Cantarinhas, que “é uma tradição muito bonita”, é já da época medieval, sendo que acontecia em estreita relação com o ciclo agrícola, quando os trabalhadores iniciavam as suas idas para os campos. A cantarinha, originária da aldeia de Pinela, serviria para levar a água aos trabalhadores. Hoje em dia, além das originais cantarinhas de barro, sendo que já só há duas mulheres que as fazem, estas foram recriadas em diversos tamanhos, cores e feitios, a nível nacional.

O presidente da câmara de Bragança, Paulo Xavier, assumindo que a feira é “enorme e emblemática”, vincou que há várias iniciativas associadas, nomeadamente a 3.ª Edição da Prova de Trial 4x4 - Heat of the Mountain, organizada pela Associação TT Sem Limites, de 26 a 28 de Abril. Acontece ainda o passeio de veículos clássicos - “Cantarinhas sobre Rodas”, organizado pelo Nordeste Automóvel Clube, dia 5 de Maio, dia em que se dá o arranque do Campeonato de Chegas de Touros. Depois, dia 12 do próximo mês, acontece a III Meia Maratona das Cantarinhas.

A feira conta com o apoio da PSP, da União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo e do Instituto do Emprego e Formação Profissional de Bragança.

Jornalista: 
Carina Alves