Ter, 25/10/2005 - 14:54
O autarca, contudo, mostra-se “insatisfeito” com as verbas destinadas ao concelho, incluídas pelo Governo no PIDDAC para 2006.
Moraes Machado recorda que o momento é “particularmente grave”, alegando que o PIDDAC “é uma rasteira aos munícipes”. No caso do concelho de Mogadouro, que o edil diz ter sido “prejudicado de forma injusta”, não foram contempladas “infra-estruturas fundamentais para o desenvolvimento local”, como é o caso do IC 5 ou da EN219 que liga Mogadouro a Algoso, no concelho de Vimioso.
“O PIDDAC deveria favorecer as autarquias e contemplar cortes na Administração Central, porque os municípios são responsáveis por 57 por cento do desenvolvimento do país”, considera o autarca.
Quanto ao programa eleitoral, o novo executivo vai apostar no campo da Acção Social e Saúde, sendo de destacar a reivindicação de um Hospital Distrital para a vila e de centro de Diálise Renal.
Prioridade aos Cuidados Continuados
Enquanto os apelos não encontram eco, “vamos continuar a lutar pela instalação de vários serviços no Centro de Saúde de Mogadouro, no sentido melhorara as condições para os utentes”, sustenta o edil.
Na área da Acção Social, Moraes Machado promete reforçar o apoio à Terceira Idade com a construção de mais Centros de Dia, a par da criação de um Centro de Cuidados Continuados com 24 camas.
O Comércio, a Indústrias e o Turismo serão outras da preocupações da equipa que vai gerir os destinos do concelho nos próximos quatro anos. A título de exemplo, as preocupações do autarca passam por “viabilizar o Parque Municipal de Exposições e o Parque Industrial, com a atracção de mais investimento”.
Quem não deixou de estar presente na tomada de posse do novo elenco camarário foi o candidato do PS, Francisco Pires, ex-presidente do município e agora eleito vereador. O cabeça de lista derrotado a 9 de Outubro garante que vai fazer “uma oposição construtiva, já que o concelho de Mogadouro tem de evoluir de forma progressiva e não se pode confundir posicionamentos políticos com desenvolvimento”.
Apesar de assumir o lugar de vereador, Francisco Pires não descarta a hipótese de dar oportunidade a gerações políticas mais novas. Por isso, a suspensão temporária de mandato poderá acontecer, “mas sempre de acordo com o desenvolvimento do município”, ressalva.